Seja por competição ou diversão: os games são atrativos gigantes na hora de se distrair. Eles conquistam o público desde a década de 1970, quando surgiram os primeiros Magnavox e Ataris e mostram ser uma maneira poderosa de envolver pessoas. Ao longo dos anos esse tipo de fidelização não passou despercebido de empresas e a “gameficação”, variável do termo em inglês ‘gamefication’, hoje em dia, dá importantes dicas sobre envolvimento de marca e cliente.
De acordo com Marcelo Montone, especialista em marketing digital e fundador da Nommad.id, este processo de engajamento não é novo. Ele começou a ser utilizado no início dos anos 2000, mas ganhou visibilidade por volta de 2012, e atualmente mostra toda a sua potência. Além de entretenimento, os jogos podem ser aplicados em diversas frentes e ser utilizado como estratégia para conquistar o público, expandir a adesão a produtos, gerar engajamento por parte dos consumidores e ampliar as vendas.
“As empresas podem se beneficiar tanto interna como externamente pela ideia, desde que haja o planejamento adequado, regras claras para a implementação e utilização, acompanhamento ativo das ações e target bem definido, já que, para que o objetivo seja alcançado, é imprescindível a segmentação das ações”, conta Montone.
O consultor ainda diz que o mercado conta com bons exemplos do sucesso da ‘gameficação’. Alguns cases que estão em acessão atualmente são os de aplicativos de idiomas que se propõem a ensinar uma nova língua através de plataformas digitais. Nestas, o aluno precisa passar por provas e concluir desafios para subir de nível e acessar novas lições. Para ele, esse processo incentiva o aprendizado e fixa a matéria com mais facilidade.
Além da conquista de engajamento, também é possível utilizar a gameficação no ambiente corporativo, com o endomarketing. A estratégia pode garantir o aumento de desempenho de funcionários, deixando as obrigações mais lúdicas.
“Tornar a rotina mais divertida, associando recompensas a ações, promovendo a concorrência, gerando reconhecimento por parte da organização vem demonstrando eficácia na gestão de pessoas, avaliação profissional, aumento da produtividade e melhoria no desempenho das empresas, à medida que a satisfação da equipe aumenta, a qualidade do trabalho acompanha e os resultados são relevantes. ”, afirma Montone.
A proposta já vem demonstrando sucesso em grandes corporações, como o Google e é uma tendência que merece estudo para implementação nos próximos meses. “É importante que as empresas estejam atentas ao momento exato de apostar em tais oportunidades e garantir que elas sejam utilizadas, efetivamente, em favor do negócio, alinhando e atendendo as necessidades e expectativas dos stakeholders. O mercado vem mudando a cada dia e as companhias precisam se renovar para acompanhar essa transição. ”