Um dos significados da palavra garimpo está atrelado ao terreno ou local onde se exploram metais ou minerais preciosos. Entretanto, assim como acontece há milênios, a língua sofreu mudanças e garimpar também passou a ser associado à atividade de ressignificar o valor, a estética de variados itens. De roupas à móveis, o intuito é buscar peças antigas e dar a elas um novo uso, contribuindo não apenas para um visual único, mas também para o meio ambiente como um todo.
A arquiteta Gigi Gorenstein, adepta do garimpo, enxerga a arte de garimpar como um exercício necessário do ponto de vista sustentável e muito prazeroso. Além de contribuir para uma sociedade mais consciente sobre o consumo, reaproveitar objetos garantem uma decoração única aos projetos.
“É uma iniciativa sustentável, de pronta entrega e tem uma curadoria por trás que garante uma boa análise da qualidade do produto”, conta Gigi. Contudo, ela explica que se for da vontade do cliente, ele pode procurar e escolher a peça ideal para compor o ambiente, ressignificando o móvel por meio do restauro ou deixando o deixando com marcas de uso charmosas.
O que vale à pena?
Dentro desse universo, procurar por itens assinados é um diferencial e tanto, sejam de designers nacionais ou internacionais. A robusta e clássica poltrona mole de Sergio Rodrigues é um grande exemplo. Sua versão original, do século passado, garimpada em antiquários, por arquitetos ou vinda de herança familiar é um objeto de desejo de quem ama arte, história e design – e, principalmente, de quem busca valorizar a cultura brasileira. Tê-la em um projeto é como achar encontrar ouro!
Peças de lojas conhecidas ou que já estão fora de linha – mas que fizeram sucesso -, vintage e que marcaram uma época também entram na lista de ótimos garimpos.
Eclético
“Com certeza o garimpo combina com todos os estilos de décor!”, Gigi Gorenstein afirma. Hoje em dia há uma gama alta de artigos para garimpar, o que ajuda na hora de encontrar algo dentro da proposta de decoração escolhida. “As peças antigas são muitas, mas existem peças compradas há um ano ou há 10, 20 anos… realmente atuais. O objetivo é usar uma peça que não será jogada fora”, a profissional complementa.
Isso porque o garimpo é diferente do reaproveitamento de itens vistos como descartáveis completamente. A intenção é não jogar nada fora e sim reutilizar o artigo, restaurar ou deixar as marcas de uso para manter a memória, a história marcada ali.
Ponto de encontro
A arte de garimpar, graças ao mundo digital, tornou-se mais fácil. Leilões online, sites de vendas especializados em móveis e artigos de décor antigos, lojas digitais de usados. São diversas opções que ajudam no momento de realizar uma compra no conforto do sofá. Mas os negócios físicos ainda vivem pelas aventuras do garimpo com objetivo ou despretensiosamente. E não tem felicidade maior do encontrar aquilo que você se apaixona à primeira vista e precisa colocar em um local especial dentro de casa para deixá-la ainda mais especial.
As 5 peças mais buscadas
No garimpo de móveis e decoração o que não falta são opções. Entretanto, alguns artigos ainda são mais procurados do que outros. “No ‘Garimpo Na Casa’ a gente sempre tem mesa de jantar. É uma peça indispensável em casa, né?! E o pessoal sempre quer uma mesa bonita, única, que se encaixe com o projeto”, aponta Gigi. Confira mais abaixo:
- Cadeiras
- Sofás
- Carrinhos para chá
- Mesas de centro
- Cristaleiras