Golpe do amor: Advogado Daniel Romano destaca as principais táticas de estelionatários

O profissional também explica como se proteger de criminosos que atraem mulheres em um suposto relacionamento para ganharem dinheiro com fraudes ou extorsão

Advogado Daniel Romano Hajaj – Foto: Acervo Pessoal

Recentemente, a série belgo-francesa Golpista do Amor (L’Homme de Nos Vies) ganhou destaque ao retratar a história de Guillaume, interpretado por Jonathan Zaccai, um golpista que se aproveita de relacionamentos amorosos para extorquir mulheres. Embora seja uma obra de ficção, o advogado Daniel Romano Hajaj alerta que essa prática, conhecida como “estelionato amoroso”, é mais comum do que se imagina.

De acordo com o advogado Daniel Romano Hajaj, o estelionato amoroso ocorre quando um golpista usa a confiança e o afeto conquistados em um relacionamento para obter vantagens financeiras ou patrimoniais da vítima, que para ele é vista apenas como uma fonte de lucro. “O golpista emprega manipulação emocional e, se necessário, métodos obscuros para atingir seus objetivos”, explica Romano.

O advogado Daniel Romano Hajaj detalha que esses criminosos frequentemente pedem dinheiro sob o pretexto de emergências falsas, oportunidades de negócios ilusórias ou outras situações fictícias.

Em alguns casos, criam uma identidade falsa, exibindo veículos de luxo e outros sinais de status para parecerem empresários bem-sucedidos.Eles manipulam a vítima para acreditar que estão construindo um futuro juntos, enquanto o verdadeiro objetivo é o enriquecimento próprio”, ressalta.

Embora a prática seja comumente associada a mulheres mais velhas ou financeiramente estáveis, o advogado Daniel Romano Hajaj enfatiza que qualquer pessoa pode ser alvo. “O criminoso não tem pudor. Ele explora qualquer vulnerabilidade emocional e muitas vezes convence a vítima a contrair empréstimos ou vender bens para ajudá-lo.”

Casos exemplares

O advogado Daniel Romano Hajaj cita dois casos recentes atendidos por seu escritório. No primeiro, uma mulher transferiu dinheiro para que o namorado comprasse um celular de última geração antes de uma suposta viagem internacional. “Ele nunca saiu do bairro onde mora”, relata o advogado.

No segundo caso, uma mulher financiou sete veículos em seu nome após ser convencida pelo golpista de que alugá-los para motoristas de aplicativos seria um negócio lucrativo. Além dos carros desaparecidos, o criminoso maximizou o limite dos cartões de crédito da vítima e contratou empréstimos em seu nome, acumulando uma dívida de mais de R$ 500 mil. “Conseguimos recuperar os veículos e negociar com os bancos, mas o prejuízo financeiro e emocional foi significativo”, explica.

Como identificar um golpe?

Daniel diz que identificar um “golpista do amor” nem sempre é fácil, especialmente porque muitas vítimas, já fragilizadas por experiências anteriores, têm dificuldade em desconfiar das intenções de seus parceiros.

Mesmo com alertas de amigos e familiares, a vítima frequentemente se afasta de todos para proteger o golpista, percebendo o golpe apenas quando é tarde demais”, alerta o advogado Daniel Romano Hajaj.

Além das relações amorosas, os estelionatários também se passam por figuras públicas ou celebridades. advogado Daniel Romano Hajaj cita o caso de uma diarista que foi enganada por alguém se passando pelo cantor brasileiro Fábio Júnior e transferiu R$ 2.500,00 acreditando estar ajudando o artista.

O que fazer ao descobrir o golpe?

O advogado Daniel Romano Hajaj orienta as vítimas a registrarem um boletim de ocorrência imediatamente, sem medo de julgamentos. “Também é importante alterar senhas, cancelar cartões e desativar aplicativos que possam conter informações pessoais para evitar mais prejuízos.”

Embora processar o golpista cível e criminalmente seja possível, as chances de recuperar o dinheiro perdido são geralmente pequenas.

Como se proteger?

Para evitar ser vítima desse tipo de crime, o advogado Daniel Romano Hajaj recomenda desconfiar de pedidos de dinheiro, evitar promessas de ganhos financeiros rápidos e nunca permitir que o parceiro tenha acesso a cartões de crédito ou contas bancárias. “A prevenção é a melhor forma de proteção”, conclui o advogado Daniel Romano Hajaj.

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