Governo prevê investir R$ 110 bilhões para encontrar soluções em concessões de rodovias federais

Programa envolve 14 contratos e soma mais de 7,5 mil quilômetros de estradas e inacabadas ou não iniciadas

O Governo Federal deu início, em março, ao Programa “Otimização de Contratos”, que visa renegociar acordos de concessão de rodovias federais antigas. Ao todo, 14 concessões estão na lista, totalizando 7,5 mil quilômetros de trechos em que há obras inacabadas ou que ainda não foram iniciadas. A ideia é prorrogar os contratos em até 15 anos para ser possível a retomada de obras. A expectativa é de que sejam investidos R$ 110 bilhões, sendo 70% nos primeiros seis anos após o novo contrato.

Pavimentação da BR-226 no estado do Rio Grande do Norte – Foto: DNIT

De acordo com Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, esse tipo de medida é importante para melhorar a logística do país e estimular a economia, mas deve-se lembrar que é necessário investir em novas tecnologias. “Quando falamos em rodovias, por exemplo, é fundamental fazer aportes também nas ferramentas que os profissionais vão utilizar. Hoje temos no mercado recursos como drones com lasers scanners, novos sistemas de navegação, entre outras, que tornam o trabalho mais ágil e preciso, o que é benéfico para aumentar a eficiência da operação e reduzir custos”, diz.

Neves comenta ainda que além das construções inacabadas ou não iniciadas, é essencial investir também na manutenção de rodovias que estão em uso e apresentam riscos. “Vemos muito isso no Brasil. Muitas rodovias estão abandonadas e não recebem nenhum tipo de investimento. É por isso que ocorrem tantos acidentes, como aberturas de crateras nas pistas e deslizamentos”, destaca.

Precisamos que o governo e a iniciativa privada tenham um olhar atento para esses casos. Ano após ano, especialmente em épocas com grande volume de chuvas, vemos acontecer tragédias que poderiam ter sido evitadas. Há recursos para isso e não podemos mais ficar apenas olhando ou agindo apenas depois do ocorrido”, finaliza o executivo.

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