O impasse nas negociações para definir o horário especial de funcionamento do comércio em Campo Grande durante o período natalino persiste, após mais uma rodada de discussões entre representantes dos empregadores e dos trabalhadores, na manhã desta terça-feira. As partes ainda não chegaram a um consenso, principalmente devido à questão da compensação salarial dos comerciários.
Carlos Santos, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SECCG, destacou que a resistência por parte dos empregadores em ajustar os salários conforme a inflação e conceder um aumento real tem sido o principal obstáculo para um acordo. “É fundamental reconhecer e valorizar o papel dos comerciários, cujo desempenho é diretamente proporcional aos lucros das empresas. Estes profissionais, competentes e dedicados, merecem ser compensados de forma justa e equitativa,” afirmou Santos.
Sem a definição da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT/2025), o comércio local fica impedido de operar em horários estendidos, como é tradição nesta época do ano. A alternativa, segundo informou o presidente do SECCG, seria cada estabelecimento negociar individualmente com o sindicato laboral.
O SECCG expressa seu pesar pelo impasse, que acaba prejudicando não apenas os comerciários, mas também os consumidores de Campo Grande, que enfrentam limitações nos horários de compra. No entanto, a entidade reforça que sua prioridade é assegurar condições de trabalho justas e salários dignos para os comerciários, fundamentais para a sustentabilidade do setor comercial.”