Os hospitais públicos e privados de Mato Grosso do Sul podem ser obrigados a oferecer acompanhamento psicológico e leito separado para mulheres que tiveram bebês natimortos ou com óbito fetal.
É o que determina projeto de lei, de autoria da deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), aprovado em primeira análise nesta manhã (3) na Assembleia Legislativa.
Conforme o projeto, quando solicitada ou constatada a necessidade de tratamento, as mulheres deverão ser encaminhadas para acompanhamento psicológico na própria unidade de saúde ou em alguma mais próxima da sua residência.
“A dor que uma mãe sofre ao perder seu bebê é incomensurável. Para tanto, o atendimento diferenciado a essas mães é fundamental”, justificou Mara Caseiro.
Na opinião da deputada, é fundamental que os profissionais que estão assistindo essa mãe, que passa pelo luto, a auxiliem para suplantar essa perda.
“Em muitas maternidades, mães que acabaram de fazer o parto de um filho natimorto são colocadas junto com outras mulheres que tiveram filhos saudáveis. Em ocasiões não raras, precisam repetir aos profissionais do hospital que o delas faleceu. É surpreendente que isso ainda ocorra em hospitais de nosso Estado”, lamentou.
O projeto ainda passará pela Comissão de Saúde da Casa e pela segunda votação em plenário. Só depois irá para sanção do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB).