O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) voltou a realizar nesta sexta-feira (10) operações de combate ao garimpo ilegal e ao desmatamento nas terras dos índios Yanomami. Aeronaves e equipamentos foram destruídos.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do IBAMA, a ação contou com o apoio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O objetivo foi o de interromper o envio de suprimentos para os garimpeiros e, sobretudo, o escoamento do minério extraído ilegalmente.
Toda a infraestrutura utilizada pelos garimpeiros foi destruída. Aviões e helicópteros, além de maquinários, foram incendiados.
A presença dos agentes do IBAMA, FNSP e Funai na região fez com que muitos garimpeiros fugissem da região devido ao medo de serem presos. Até o momento, não há registro de garimpeiros detidos.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que a operação nas Terras dos Yanomamis tem como objetivo retomar o controle do território, que ainda se encontra em poder dos garimpeiros, madeireiros e desmatadores.
Muitos garimpeiros têm fugido da região no período da noite, deixando para trás equipamentos, mantimentos, aeronaves, embarcações e documentos. Eles fogem pela floresta e rios.
Um dos helicópteros destruídos pelos fiscais estava coberto com uma espécie de rede camuflada.
Uma draga utilizada pelos garimpeiros foi explodida. O equipamento serve para sugar água do fundo do rio em busca de ouro. O processo é devastador, principalmente devido ao uso indiscriminado de mercúrio, produto altamente tóxico.
Uma escavadeira que estava dentro da Terra Yanomami também foi destruída.
Dados do IBAMA revelam que atualmente existem cerca de 20 mil garimpeiros em terras indígenas, e que o número de índios na região é de aproximadamente 30 mil.
O maior território indígena do país, a Terra Yanomami, enfrenta uma crise humanitária e sanitária sem precedentes, desde que o governo de Jair Bolsonaro permitiu a entrada de garimpeiros e madeiros na região.
Os índios Yanomamis, incluindo crianças, idosos e adultos, sofrem com casos severos de desnutrição, de envenenamento e de malária.
Com informações da Assessoria de Comunicação do IBAMA