Um incêndio de grandes proporções está destruindo um galpão da Cinemateca Brasileira que fica localizado na Vila Leopoldina, na Zona Oeste de São Paulo. O prejuízo é incalculável, já que rolos de filmes estão sendo perdidos.
As causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas as autoridades policiais já estão investigando o ocorrido.
Equipes das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros foram acionadas e já estão no local. As vias públicas que dão acesso ao prédio foram interditadas.
O fogo começou por volta das 18 horas (horário de Brasília) e atingiu a edificação da Cinemateca Brasileira que fica localizada na Rua Othão, nº 290. No local existe um conjunto de galpões, de aproximadamente 6.356 m² de área construída, onde são guardados parte do acervo de filmes.
A sede principal da Cinemateca Brasileira fica localizada na Vila Mariana, que não foi afetada.
Equipes da Defesa Civil já foram mobilizadas e enviadas para o local. A preocupação dos técnicos é com o comprometimento da edificação, que pode desabar. Até o momento não há registro de vítimas, apenas danos materiais.
Ao todo, foram enviadas para o local 15 viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro da Polícia Militar, duas da Polícia Civil, e uma da Defesa Civil. Cerca de 50 bombeiros estão trabalhando no combate às chamas, que se alastraram rapidamente, porque os rolos de filmes são considerados materiais inflamáveis.
A prioridade dos bombeiros é conter as chamas e impedir que o fogo atinja os demais galpões.
A diretora da Sociedade Amigos da Cinemateca, Maria Dora Mourão, disse que o galpão atingindo pelo fogo guarda um pouco da história do cinema brasileiro, como documentários, longas e curta-metragem, além de vários documentos importantes.
Em 2020, um temporal alagou o galpão, danificando parte do acervo cinematográfico. Em 2016, um outro galpão, localizado na Vila Mariana, foi atingida por um incêndio que destruiu cerca de 500 obras cinematográficas.
A Cinemateca Brasileira passa por um período de abandono. Em 2020, o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP), entrou com uma ação na Justiça cobrando da União a manutenção da entidade e do acervo.
A promotoria alegou na ação que o abandono colocava em risco parte da história do cinema brasileiro e destacou os principais problemas, tais como: falta de vigilância contra furtos, risco de incêndios, atraso nos pagamentos de salários dos poucos funcionários, atrasos nos pagamentos das contas de água, luz, telefone e internet, além do corte de orçamento.
Lembrando que a Cinemateca Brasileira está sob a gestão do atual secretário de Cultura, o ator Mário Frias.
Com informações das Agências Brasil e Estado