A Polícia Federal (PF) em Mato Grosso do Sul divulgou na manhã desta sexta-feira (03/07), a informação de que policiais da corporação, juntamente com agentes da Polícia Militar Ambiental (PMA) e de fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), flagraram nas imediações da Fazenda Buriti, e também em áreas no Pantanal do Piquiri e no município de Sonora, a derrubada ilegal de árvores centenárias, que estavam localizadas em área de Reserva Legal.
De acordo com as informações da Assessoria de Comunicação da PF/MS, o flagrante aconteceu no último domingo (28/06), mas a informação somente teria sido repassada hoje para não atrapalhar as investigações que ainda estavam sendo realizadas.
Segundo os dados que constam no Auto de Infração (AI) e no Boletim de Ocorrência (BO), os policiais da PF e da PMA, juntamente com fiscais do Ibama, foram até ao local realizar uma fiscalização de rotina, quando ao entrarem na região de Reserva Legal da fazenda, que se encontra em poder dos índios, ficou constatado o desmatamento ilegal.
A grande quantidade de árvores derrubadas era incompatível para a construção de pequenas moradias, e os policiais e fiscais acreditam que os indígenas pretendiam vender os troncos delas para madeireiras.
No local também foram encontradas árvores em medidas exatas para beneficiamento, ou seja, em troncos laminados. As mesmas estavam localizadas próximas a antiga sede da Fazenda Buriti.
Foram encontrados troncos de árvores das espécies aroeira, jatobá, faveiro, cumbarus e ipês, que estavam caídos no chão. Todas essas espécies são consideradas madeiras nobres, e são protegidas por Lei.
Durante a vistoria, os indígenas ameaçaram os policiais e os fiscais do Ibama, mas eles não entraram em conflito com as autoridades. Também não houve autuação.
Segundo a chefe de Divisão Técnica Ambiental do Ibama, Joanice Lube Battilani, a intenção é punir o responsável pela compra da madeira, e não os indígenas.
“Nosso objetivo é investigar para tentar descobrir o autor do desmatamento para que possamos autuá-lo, juntamente com quem está comprando a madeira sem procedência”, disse Joanice Lube Battilani.
Com o objetivo de evitar um conflito na região, os policiais federais decidiram deixar a área, e todos foram embora do local.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Assessoria de Imprensa da Funai em Brasília para comentar o assunto, mas até o momento ninguém foi localizado.
Com informações da Assessoria de Comunicação da PF/MS