O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) de Mato Grosso do Sul divulgou na manhã deste sábado (22/08), a informação de que a Fazenda Primavera, localizada no município de Antônio João, a 402 km de distância de Campo Grande, capital do Estado, pertencente ao ex-prefeito Dácio Queiroz Silva, foi invadida por cerca de 40 índios. Todos os moradores conseguiram fugir e não houve confrontos.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do DOF/MS, a invasão aconteceu na madrugada de hoje, por volta das 04h05min (horário de MS) e todos os moradores não interferiram na ocupação e deixaram o local às pressas.
Testemunhas disseram que os indígenas estavam armados com facões, arcos e flecha e armas de fogo, e que os moradores, com receio, decidiram deixar a fazenda de vontade própria. Uma mulher e uma criança de aproximadamente 4 anos deixou a área caminhando, tendo elas sido encontradas por policiais escondidas nas proximidades.
A polícia foi acionada e imediatamente enviou duas equipes do DOF/MS sido enviada para o local. Os policiais encontraram um adulto e dois adolescentes amarrados, e com sinais de agressão, tendo todos sido resgatados e levados a um hospital da região.
O proprietário da fazenda informou que os indígenas que invadiu sua propriedade não são daquela área, e acredita que existe uma certa organização para trazer índios de outras regiões para fazer ocupações ilegais de propriedade produtivas.
Policiais do DOF/MS permanecem na região e realizam constantemente um patrulhamento com a finalidade de evitar novas invasões e, sobretudo, evitar possíveis enfrentamentos entre indígenas e produtores rurais que se sentem ameaçados.
Os moradores da Fazenda Primavera foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Antônio João, onde registraram um Boletim de Ocorrência (BO), por invasão de propriedade, ameaça e lesão corporal.
Moradores da região disseram a equipe de reportagem do Campo Grande Notícias, que apesar da presença de policiais do DOF/MS, a situação é muito tensa na região, e que pode haver confrontos na área caso o Poder Público não tome providências para conter as invasões de áreas produtivas.
Com informações da Assessoria de Comunicação do DOF/MS