A indústria paulista gerou 500 vagas de emprego em setembro (0,01%). O resultado para o mês, na série sem ajuste sazonal, mostra estabilidade no saldo de vagas pelo terceiro mês consecutivo. Apesar de ser pouco expressivo, esse número é superior à média histórica para o mês entre os anos de 2014 e 2017 – em que foram encerrados, em média, cerca de 9 mil postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo do emprego na indústria do Estado segue positivo em 13,5 mil vagas, alta de 0,62%. Já com o ajuste sazonal, o resultado para o mês ficou estável em -0,06% e recuou -0,40% no fechamento do 3º trimestre. Os dados de Nível de Emprego do Estado de São Paulo foram divulgados nesta quarta-feira (17/10) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.
Para José Ricardo Roriz Coelho, 2º vice-presidente da Fiesp, “os empresários não têm perspectivas de investimentos em razão da indefinição do quadro político, o que deixa o emprego em compasso de espera”.
Avaliando ainda a atividade econômica, que segue sem grandes mudanças desde o início do ano, Roriz projeta para o encerramento de 2018 uma baixa de 35 mil postos de trabalho na indústria paulista.
Setores e regiões
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de setembro, 8 ficaram positivos, 5, negativos e 9, estáveis.
Entre os positivos, os destaques ficaram por conta de produtos minerais não metálicos, com geração de 900 postos de trabalho, seguidos por produtos alimentícios (738) e celulose, papel e produtos de papel (666).
No campo negativo ficaram, principalmente, couro e calçados (-2.106), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-814) e coque e derivados do petróleo e biocombustíveis (-724).
A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 36 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação no mês ficou estável (0,01%) no Estado de São Paulo, subiu 0,12% na Grande São Paulo e apresentou leve recuo de -0,03% no Interior paulista.
Entre as 36 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 12 que apontaram altas, destaque por conta de Jacareí (0,61%), influenciada por produtos de metal (2,33%) e bebidas (0,23%); Sorocaba (0,60%), por confecção e artigos do vestuário (6,17%) e veículos automotores e autopeças (1,69%); Santos (0,54%), com produtos alimentícios (1,07%) e impressão e reprodução de gravações (5,13%).
Já das 15 negativas, destaque para Santa Bárbara D’Oeste (-2,08%), por produtos de metal (-22,86%) e metalurgia (-4,97%); Franca (-1,15%), por artefatos de couro e calçados (-2,54%) e coque, petróleo e biocombustíveis (-1,10%).