Os passeios de charretes com tração animal são uma tradição antiga, mas incompatível com a realidade do século 21. Embora seja uma das tradições de Poços de Caldas, cidade do sul mineiro, usada em tempos antigos como necessário meio de transporte, hoje atende apenas ao turismo. Por isso, cada vez mais pessoas têm se unido para acabar com a exploração destes animais, alegando que os cavalos usados pelos charreteiros sofrem maus-tratos.
Pedro Marinho Neto, influenciador digital e natural de Poços de Caldas, é hoje a principal voz que se levanta contra os maus tratos e o uso destes animais para fins turísticos. Ele relata alguns dos abusos sofridos pelos animais e suas consequências: “Foram identificados animais com tendinite crônica, por excesso de trabalho e peso, além de ferimentos. Nas redes sociais, moradores publicaram flagrantes de animais soltos e cansados. Os charreteiros negam que haja maus tratos aos cavalos mas o que vemos são os cavalos até desmaiando de fraqueza ou com o calor em plena via pública.”
O influenciador digital tem empreendido campanhas fortes na internet que denunciam os abusos e maus tratos com os animais através de imagens flagrantes, depoimentos e textos de conscientização. Os posts já alcançaram milhares de compartilhamentos: “Em Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, já existe uma lei que proíbe os veículos de tração animal. Deveríamos seguir o exemplo destas cidades e banir de vez esta prática também em Poços de Caldas, assim como em todo o Brasil.”
Segundo Pedro Marinho Neto, existem muitas outras opções viáveis e igualmente turísticas e atrativas, em vez de usar a tração animal: “animais estão sofrendo com esta exploração, a cidade proporciona várias outras opções para o turismo. Turistas não contrate serviços das charretes, vocês financiam os maus tratos aos cavalos da cidade. Usem o Tuk Tuk serviço semelhante oferecido por motocicletas.”
Fonte: MF Press Global