Israel bombardeia a Síria e tensão aumenta no Oriente Médio

Israel bombardeou nesta terça-feira (10) várias regiões da Síria, causando danos consideráveis a infraestrutura do país e, sobretudo, colocando em risco a estabilidade política e militar da própria Síria, e de países vizinhos, como Iraque e Irã.

O governo de Israel informou que os ataques foram uma medida cautelar de segurança, já que as armas do Exército Sírio podem cair em mãos dos rebeldes, que poderão usá-las contra o Estado Judeu.

Segundo uma fonte militar israelense, que preferiu não se identificar, os ataques de hoje destruíram parte dos estoques de armas estratégicas da Síria.

O principal objetivo de Israel é impor uma ‘zona de defesa estéril no Sul da Síria, que seria implementada sem a presença permanente de tropas israelenses, disse o ministro da Defesa, Israel Katz.

Após o colapso do governo sírio, e a fuga do ditador Bashar al-Assad do país, aviões israelenses entraram no espaço aéreo sírio e realizaram mais de 350 ataques contra alvos militares das Forças Armadas Síria, como baterias antiaéreas, bases militares, campos de aviação, aeronaves, navios e embarcações de pequeno porte, além de mísseis.

Navios sírios que estavam ancorados nos Portos de Al-Bayda e de Latakia, foram atacados e, alguns, foram afundados. Cerca de 15 navios sírios naufragaram em decorrência dos bombardeios.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em entrevista coletiva, que o objetivo de Israel com os ataques não é o de interferir nos assuntos internos da Síria, mas garantir a integridade do território israelenses, já que os rebeldes que derrubaram Bashar al-Assad do poder possuem e/ou possuíam ligações estreitas com grupos extremistas, como a Al Qaeda e o Estado Islâmico.

“Não temos intenção de interferir nos assuntos internos da Síria, mas pretendemos claramente fazer o que for necessário para garantir nossa segurança“, disse Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro israelense disse também, que os territórios sírios conquistados em 1967 na ‘Guerra dos Seis Dias’, como a Península do Sinai e as Colinas de Golã, não serão devolvidos.

Com informações das Agências Brasil e Estado

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