Israel invade a Cisjordânia e expulsa milhares de palestinos de suas casas

As forças armadas de Israel invadiram neste domingo (23) a Cisjordânia, onde residem milhões de palestinos, e expulsaram centenas de pessoas de suas casas. Um campo de refugiado também foi invadido e os palestinos que estavam em barraca também foram expulsos.

Cidade de Nablus, na Cisjordânia – Foto: WhatsApp/Cortesia

De acordo com informações das agências de notícias, a invasão israelense ocorreu por terra, com dezenas de tanques e tropas entrando em território palestino.

A ordem de invasão do território palestino foi dada pelo primeiro-ministro de Israel Binyamin Netanyahu, depois da explosão de dois ônibus nos arredores de Tel Aviv, capital de Israel.

Trata-se de uma intensificação de operações em território palestino, apesar do frágil cessar-fogo estabelecido por Israel e Palestina.

O gabinete do primeiro-ministro israelense descreveu as explosões dos dois ônibus como um atentando terrorista praticado pelo Hamas, e descreveu que os ‘terroristas’ palestinos estariam planejando uma invasão de seu território.

A operação militar israelense começo em campos de refugiados na fronteira entre Israel e Cisjordânia, que foram desocupados. Israel expulsou cerca de 40 mil palestinos dos precários campos em que estavam.

Tropas da Brigada de Infantaria de Israel começaram a operação militar nos arredores da cidade palestina de Jenin, que possui atualmente cerca de 50 mil palestinos. Todos devem ser expulsos de suas casas.

Também neste domingo (23), o ministro de Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que o Exército Israelense esvaziou e fechou três campos de refugiados no Norte da Cisjordânia, com ordens expressas de Binyamin Netanyahu para impedir que os palestinos retornassem para a área.

Ainda de acordo com Israel Katz, 40 mil palestinos foram expulsos dos campos de refugiados de Yenín, Tulkarem e Nur Shams. “Esses campos estão agora vazios”, disse Katz.

Segundo Katz, os soldados israelenses foram orientados para impedir o retorno dos palestinos, e para se preparem para uma estadia prolongada, de aproximadamente um ano, em território palestino.

O Governo de Israel informou que essas campanhas militares na Cisjordânia têm como objetivo eliminar ‘terroristas’ palestinos. Essa ação israelense começou em meados de fevereiro, e obrigou milhares de palestinos a fugirem da região.

A Autoridade Palestina, comandada por Mahmoud Abbas, afirmou que a operação militar na Cisjordânia é ilegal e que acredita que as intenções dos israelenses sejam a de expulsar permanentemente os palestinos de suas casas para controlar áreas e erguer assentamentos judaicos.

Ainda neste domingo (23), o líder do Hamas declarou que Israel não está cumprindo o acorde de troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

Israel adiou por tempo indeterminado, a soltura de palestinos que estavam detidos em prisões israelenses, apesar da soltura de alguns reféns já feitos pelo Grupo Hamas.

Com informações das Agências Brasil e Estado

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