Uma juíza de Anápolis, cidade a cerca de 55 km da capital de Goiás, decidiu encaminhar alguns processos da Justiça dentro daquilo que alguns dizem ser o futuro: o metaverso. Ela conduz reuniões no metaverso, que é um espaço virtual que tenta recriar a realidade.
Assim sendo, reuniões internas, com advogados e atendimentos já estão sendo realizadas pelo metaverso na 2ª Vara de Família e Sucessões e no 2º Centro Judiciário de Conflitos de Anápolis. A iniciativa é da diretora do Foro da comarca da cidade, a juíza Aline Vieira Tomás, sendo essa a primeira ação do tipo na esfera judicial da Justiça brasileira.
“As pessoas se sentem melhor quando ingressam em uma sala com seus avatares customizados e participam ali sem ter que ligar as câmeras. É claro que isso é uma ferramenta adicional ao atendimento presencial, que vai continuar a existir”, explicou a magistrada ao site.
O futuro da Justiça
A juíza avaliou que o metaverso deve se tornar cada vez mais comum no cotidiano e, por essa razão, é importante que o Judiciário comece a entrar nesse ambiente. Atualmente, ainda não existe regulamentação do uso do metaverso em audiências. Portanto, o uso da ferramenta em Anápolis se restringe a reuniões administrativas, por exemplo.
Dessa forma, o uso do metaverso no Fórum de Anápolis é feito por um sistema da Microsoft chamado Alt Space VR, que é gratuito. Então, os participantes montam seus avatares, que são os personagens no mundo virtual, seguindo suas características físicas. Vale destacar que os óculos de realidade virtual são de uso opcional.
“Em um futuro não muito distante, acredito que vamos trocar os avatares que hoje são cartunizados, por hologramas. A tendência é que evolua para hologramas”, avaliou a juíza. Assim, de acordo com a magistrada, será possível “teletransportar” para dentro do metaverso, sendo possível ver os trejeitos, expressões e reconhecimento do participante.
Ela acredita que isso facilitaria a expansão do uso dessa tecnologia para audiências em um futuro não muito distante.
Metaverso
O metaverso é uma utopia futurista que busca unir os mundos real e virtual que era um assunto debatido somente entre pesquisadores, sendo que hoje já é implementado por grandes empresas. Na prática, é um ambiente virtual imersivo construído por meio de diversas tecnologias, como Realidade Virtual, Realidade Aumentada e hologramas.
Meta planeja moedas digitais “Zuck Bucks”
Segundo informações do Financial Times, a Meta, previamente conhecida como Facebook, está preparando moedas digitais para o Metaverso. Elas serão chamadas Zuck Bucks, como uma homenagem ao fundador da empresa, Mark Zuckerberg.
Além disso, a empresa está analisando a criação dos chamados tokens sociais ou tokens de reputação, que seriam para usuários que contribuem significativamente em grupos do Facebook.
Assim sendo, de acordo com o Financial Times, as Zuck Bucks provavelmente não serão uma criptomoeda, levando em consideração o encerramento recente do projeto Diem.
“Em vez disso, a Meta está se inclinando para a introdução de tokens no aplicativo que seriam controlados centralmente pela empresa, semelhantes aos usados em aplicativos de jogos, como a moeda robux no popular jogo infantil Roblox”.
NFT no Instagram
Mark Zuckerberg já confirmou anteriormente que a Meta pretende implementar suporte a NFTs na rede social Instagram. Assim, de acordo com um memorando interno acessado pelo Financial Times, o Facebook deve começar os testes de um recurso para publicar e compartilhar NFTs a partir do mês de maio.
Dessa forma, a Meta planeja dois outros recursos, um deles sendo a possibilidade de participação em grupos específicos do Facebook com base na propriedade de NFTs. O outro recurso terá o objetivo de cunhar, ou fabricar, NFTs.
Esses tokens poderão ser monetizados dentro da própria plataforma por meio de “taxas e/ou anúncios”. Contudo, a empresa não forneceu informações a respeito.