O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou na manhã desta quarta-feira (25/11) a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT), por atrapalhar as investigações da ‘Operação Lava Jato’ que estão sendo feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal (PF).
A prisão do Senador Delcídio do Amaral foi cumprida por policiais federais, que o prenderam em sua casa em Brasília (DF). Além do senador petista também foi preso o banqueiro André Esteves, proprietário do BGT Pactual.
De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do STF, a decisão de decretar a prisão de Delcídio do Amaral e de André Esteves foi tomada porque existem provas de que ambos estariam “conturbando as investigações” realizadas pela PF e pelo MPF na ‘Operação Lava Jato’, que apura denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, entre outros crimes, na Petrobras.
Delcídio do Amaral havia sido citado em depoimento pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, por suposta participação em esquema de desvio de recursos públicos na compra da Refinaria de Pasadena, localizada nos Estados Unidos (EUA).
Segundo informações da Polícia Federal, existem gravações feitas por um dos filhos de Nestor Cerveró as quais revelam que Delcídio do Amaral teria oferecido a ele e ao pai possibilidade de fuga caso ele não aderisse ao acordo de deleção.
A equipe de reportagem tentou entrar em contato com os advogados do senador Delcídio do Amaral para comentar o assunto, mas eles não foram localizados.
Esta é a primeira vez que um senador da República é preso no exercício de seu mandato, já que a Constituição Federal permite apenas a prisão de um parlamentar em flagrante delito.
Segundo a Assessoria do STF, no caso de obstrução de investigação, a conduta é considerada crime permanente, e a Suprema Corte pode determinar a prisão preventiva do parlamentar, que se torna automaticamente réu, mesmo não tendo ainda sido julgado.
O ministro do STF, Teori Zavascki, pediu agora a pouco que uma sessão extraordinária fosse convocada pela segunda turma do Tribunal, que é responsável pelos casos que envolvem o esquema de corrupção na Petrobras, para analisar as prisões e os mandatos.
Além dos mandatos de prisões, os policiais federais também cumpriram mandatos de busca e apreensões, tendo sido apreendidos documentos, computadores, notebooks, celulares, pen drives, entre outros.
Com informações da Assessoria de Imprensa do STF