São Paulo (SP) – Luisa Stefani, número 47 do mundo, conquistou, nesta sexta-feira (13), o título do WTA 500 de Adelaide, na Austrália, com premiação de US$ 780 mil. Luisa e a norte-americana Taylor Towsend, 24ª colocada no ranking mundial, superaram a dupla formada pela cazaque Elena Rybakina e a russa Anastasia Pavlyuchenkova por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 7/6 (7-3). Este foi o primeiro torneio regular no ano para Luisa, após defender o Brasil na United Cup e vencer seus dois jogos de duplas mistas.
Luisa comemora a sexta conquista na carreira, a primeira de WTA 500. Agora, soma dois títulos de WTA 1000, em Guadalajara (México), no ano passado (com a australiana Storm Sanders), e em Montreal (Canadá), em 2021 (com a canadense Gabriela Dabrowski), além de outros três WTA 250 em Chennai, na Índia, com Dabrowski, em 2022, Lexington, nos EUA, em 2020, e Tashkent, no Uzbequistão, em 2019, ambos com a americana Hayley Carter.
“Muito feliz de começar o ano com o título. Primeira vez jogando com a Taylor, foi uma semana muito boa tanto dentro quanto fora na quadra. Já cheguei em Melbourne para continuar os preparativos do Australian Open com a McNally. Muito bom iniciar com jogos assim e confiante em busca de uma boa campanha”, disse a atleta, que é patrocinada pela Fila e Faros Invest, é embaixadora XP COB e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
A brasileira disputa o Australian Open ao lado da norte-americana Caty McNally, que foi a vice-campeã do US Open ano passado, jogando com Towsend. A chave ainda será divulgada no final de semana.
Desde que voltou da lesão no joelho em setembro, Luisa jogou sete torneios e venceu quatro. Além de Guadalajara e Chennai, ganhou ainda o WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, com a carioca Ingrid Martins. Pela campanha, ela subirá no ranking desta segunda-feira (16) cerca de 13 posições e deve aparecer como a 34ª do mundo.
Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.
Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA.