Luisa Stefani derruba dupla campeã olímpica e decide o título no WTA 1000 de Cincinnati

A paulistana - bronze em Tóquio - alcançou a terceira final consecutiva e vai buscar a quarta conquista da carreira, a segunda seguida, neste sábado (21), por volta das 20h30 (horário de Brasília), que colocará a tenista no top 15 mundial

São Paulo (SP) – A paulistana Luisa Stefani, que foi confirmada como a primeira brasileira no top 20 da história, com o 19º posto, após alguns dias de atraso pela WTA, segue arrasando ao lado da parceira canadense Gabriela Dabrowski. A dupla derrotou as cabeças de chave 2, as tchecas Katerina Siniakova e Barbora Krejcikova, nesta sexta-feira (20), por 2 sets a 1, parciais de 7/5, 3/6 e 10-7, e garantiu vaga na final do WTA 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos. Krejcikova e Siniakova foram campeãs olímpicas em Tóquio e venceram o torneio de Roland Garros deste ano, sendo a melhor dupla da temporada. A decisão do título está marcada para este sábado (21), por volta das 20h30 (horário de Brasília), na quadra central, diante da australiana Samantha Stosur e da chinesa Shuai Zhang, com transmissão ao vivo da ESPN.

Gabriela e Luisa comemoram terceira final seguida (Divulgação)

Luisa e Gabriela disputam o terceiro torneio juntas desde que se uniram após os Jogos Olímpicos, onde a brasileira foi bronze com Laura Pigossi. E nos três alcançaram a final, sendo vice-campeãs no WTA 500 de San Jose, nos EUA, e campeãs no WTA 1000 de Montreal, no Canadá, esta a maior conquista da carreira de Stefani.

“Um grande jogo, difícil, as meninas jogam super bem. Não dão nada de graça, precisamos fazer por merecer o tempo todo. Dei uma brecha no meu saque no segundo set, elas levantaram bastante o nível e venceram a parcial. Então, é bem delicado o jogo, não podemos baixar a guarda. E fomos muito bem no match tie-break, sendo agressivas mesmo abaixo, principalmente no final. Muito feliz com a vitória, com a maneira como lidamos. Vamos buscar esse título”, analisou Luisa, que tem o patrocínio do Banco BRB e os apoios da Fila, CBT, HEAD, Saddlebrook Academy, Tennis Warehouse e Liga Tênis 10.

Pela campanha, a paulistana está subindo para o 17º posto no ranking e, caso conquiste o troféu na noite deste sábado, entrará no top 15 e, também, já será a 8ª melhor parceria do ano ao lado de Dabrowski. Agora são 12 vitórias nos últimos 13 jogos, sendo nove delas consecutivas. Em 2021, Luisa soma sua quinta final. Ela foi vice-campeã em Abu Bhabi, nos Emirados Árabes, e em Adelaide, na Austrália, estes dois com a americana Hayley Carter. E busca a quarta conquista da carreira, a segunda seguida.

Fazendo história na carreira – Luisa completou 24 anos na segunda-feira (9). Ela começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo, onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou a 10a. posição do ranking mundial juvenil.

Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia, e atingiu a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association). Foi nomeada caloura do ano 2015 pela ITA, compilando uma campanha de 40 vitórias e apenas 6 derrotas. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impediu de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Terminou 2018 como 215ª. do mundo em duplas e 753ª. em simples.

Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com a então nova parceira, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.

Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com a final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976 – e chegou à segunda decisão em Adelaide e à terceira em Miami, torneio da série WTA 1000. O vice-campeonato em Miami permitiu que Luisa subisse para a 25ª posição no ranking, o melhor de uma brasileira na história desde que o ranking WTA foi criado em 1975. Foi vice-campeã do WTA 125 em Saint Malo, na França, e em junho ganhou mais duas posições – 23º lugar. O vice-campeonato em San Jose, na Califórnia, na semana passada, ao lado da canadense Gabriela Dabrowski, garantiu a Luisa mais uma posição no ranking. Com o título no domingo passado, em Montreal, Luisa subiu para a 19ª posição no ranking.

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