São Paulo (SP) – Luisa Stefani, número 34 do mundo de duplas, e Rafael Matos, 29º no masculino, seguem em sintonia fina e, na noite deste sábado (21), garantiram vaga nas quartas de final de dupla mista no Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada. Os dois derrotaram a dupla formada pelo croata Mate Pavic e a norte-americana Bethanie Mattek, que já lideraram o ranking de duplas, por 2 sets a 0, com duplo 6/4, após 1h12min.
“Fizemos um ótimo jogo, conseguimos sacar muito bem. Eu e o Rafa estamos jogando juntos desde a United Cup em Brisbane, somamos mais uma partida e quanto mais jogamos juntos melhor estamos atuando. Está sendo muito bom e divertido jogar ao lado dele”, destacou a atleta, que é patrocinada pela Fila e Faros Invest, é embaixadora XP COB e conta com os apoios da Liga Tênis 10 e Bolsa Atleta.
Luisa e Rafa buscarão vaga na semi contra os vencedores do jogo entre a dupla cabeça de chave 8 formada pela canadense Gabriela Dabrowski e o australiano Max Purcell ou a dupla australiana formada por Lizette Cabrera e John Smith.
Fazendo história na carreira – Luisa Stefani, 25 anos, começou a jogar tênis aos 10 anos, na B.Sports, no bairro de Perdizes, em São Paulo (SP), onde nasceu. Disputou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis e foi à semifinal de duplas do US Open juvenil em 2015, quando chegou à 10ª posição do ranking mundial juvenil. Foi para os Estados Unidos para estudar e jogar tênis. No circuito universitário jogou pela Pepperdine University, na Califórnia. Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedicou-se parcialmente ao circuito profissional da ITF. Optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018.
Ganhou destaque nas duplas no profissional e começou a colher resultados em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent. Em 2020, ganhou o WTA 125 de Newport Beach e comemorou o título do WTA de Lexington. Terminou o ano como 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Em 2021, foi à final no WTA 500 de Abu Dhabi, alcançando o top 30 – primeira tenista do Brasil desde 1976. E o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami fez com que subisse para a 25ª posição – então a melhor de uma brasileira desde que o ranking WTA foi criado em 1975.
Nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de bronze olímpica para o Brasil ao lado de Laura Pigossi. Continuou subindo no ranking e chegou a ocupar o nono lugar no início de 2022. No retorno ao circuito, após a cirurgia no joelho, conquistou três títulos neste final de temporada 2022: WTA 250 de Chennai, na Índia, WTA 1000 de Guadalajara, no México, e WTA 125 de Montevidéu, no Uruguai, retornando ao Top 50 no ranking da WTA.