São Paulo (SP) – A paulistana Luisa Stefani e a norte-americana Hayley Carter estreiam no início da madrugada desta quinta-feira (11) no Australian Open, primeiro Grand Slam do ano, que está sendo disputado em Melbourne, na Austrália. Stefani, baseada na Saddlebrook Academy, na Flórida, atual 31ª do mundo, e Carter pegam as cazaques Elena Rybakina e Yaroslava Shvedova por volta de 0h30 (horário de Brasília). Antes do Grand Slam, jogaram o WTA 500 de Melbourne, na Austrália, o Gippsland Trophy, parando nas oitavas de final.
“Enfrentamos essas adversárias na primeira rodada em Abu Dhabi, no começo de janeiro. Joguei contra a Rybakina várias primeiras rodadas nos últimos meses, parece que temos um ímã, caímos quase sempre contra ela. Nós nos conhecemos muito. Agora a única diferença é o torneio, pois cada jogo é um jogo. Estamos treinando bem, há três semanas em Melbourne, com muita vontade de jogar, competir“, explica Luisa que tem o apoio da Tennis Warehouse, Saddlebrook Academy, HEAD e Liga Tênis 10.
“Bate até um pouco de ansiedade, mas estamos bem adaptadas. É manter a calma. Grand Slam é sempre outro feeling, outra vibe. São duas semanas longas, mentalmente e fisicamente puxado. Vamos usar essa energia e boa vibe de Melbourne, que gostamos tanto de atuar aqui, para começar com o pé direito. São duas ótimas jogadoras, mas vamos com tudo“, acrescenta.
Um pouco da carreira – Luisa Stefani, 23 anos, nascida em São Paulo (SP), mora em Tampa, na Flórida (EUA), treinando na Saddlebrook Academy. Cursou a universidade americana de Pepperdine, onde jogou o circuito universitário por alguns anos. Se destacou e optou por trancar a faculdade para disputar o circuito profissional integralmente a partir de meados de 2018. Ganhou destaque nas duplas e começou a colher resultados já em 2019, conquistando um título no WTA de Tashkent, no Uzbequistão, e o vice-campeonato em Seul, na Coréia do Sul, em outubro, com sua então nova parceria, a norte-americana Hayley Carter, terminando o ano perto das 70 melhores do mundo.
Em 2020, conquistou o WTA 125 de Newport Beach, na Califórnia e chegou às oitavas de final do Australian Open. Após a quarentena, comemorou o título do WTA de Lexington, nos Estados Unidos. Terminou o ano como a 33ª do mundo, primeira brasileira no top 40 em mais de três décadas. Começou 2021 com uma final no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, alcançando o top 30 – a primeira brasileira desde 1976. Como juvenil, também foi destaque, conquistando vitórias em Wimbledon e se tornando Top 10.