O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (15), onde anunciou novos investimentos federais no estado com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), totalizando R$ 30 bilhões de reais.
Entre os principais anúncios, está o de RS 2,3 bilhões em educação para os gaúchos, com aportes para a educação básica, superior e técnica profissional, incluindo R$ 159,5 milhões para o programa Pé-de-meia, que faz uma poupança para estudantes de nível médio e beneficiará 55 mil alunos do RS.
O governo também já havia confirmado a ampliação dos Institutos Federais: no RS, haverá novos campi em Porto Alegre, Caçapava do Sul, São Luiz Gonzaga, São Leopoldo e Gramado, gerando 7 mil vagas, com investimentos de R$ 150 milhões.
Ainda estão previstos recursos para programas nacionais como os de distribuição de merenda, livros didáticos, transporte escolar e para o Desenrola Fies, que renegocia dívidas de alunos com o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Também com recursos do PAC, foram anunciadas obras de infraestrutura urbana, transportes e energia, incluindo novas estradas, hospitais e recursos para o esporte e a cultura.
Entre os destaques, estão os planos de construir 4 mil quilômetros de infovias, implementação de pontes e barragens, duplicação de rodovias, entre outros investimentos diretos.
O presidente também esteve no Vale do Taquari, região fortemente afetada por enchentes em setembro de 2023, quando 50 pessoas morreram, e anunciou uma verba de R$ 344 milhões para a reconstrução de casas e pontes.
Desse montante, R$ 209 milhões irão para a construção de 857 residências no programa Minha Casa, Minha Vida Calamidades em 13 cidades.
“Tudo que é material a gente reconstrói, os prejuízos que empresários tiveram, os pequenos produtores, as casas, o asfalto. A gente só não reconstrói as vidas das pessoas que se foram.
Elas vivem no DNA dos familiares que ficaram”, lamentou Lula.
Democracia
Em um evento de prestação de contas do governo na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) com empresários, Lula disse que o mundo vive sob a ameaça do “fascismo” e do “nazismo”, bem como do “ódio” e da “mediocridade”: “O que corre risco no mundo é a democracia”.
Jair Bolsonaro (PL) e o presidente argentino Javier Milei foram alvos de críticas: “[Bolsonaro] Até hoje não reconheceu a derrota dele e fala ‘não sei como perdi’. Não sabe como perdeu porque ele gastou quase R$ 300 bilhões e achava que não ia a perder”.
O petista alertou que a “democracia está em risco” no mundo, principalmente pelo avanço de uma “extrema direita raivosa, ignorante e burra”.
Já em relação a seu homólogo argentino, o presidente disse: “Quem é contra o sistema hoje, quem critica tudo? É o Milei, até o Banco Central ele quer fechar, quer cortar tudo com serrote”.