Lula é condenado a mais de 9 anos de prisão e pode ficar inelegível

Ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva – Foto: Divulgação

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato envolvendo políticos sem foro privilegiados, condenou na manhã desta quarta-feira (12/07) a 9 anos e 6 meses de prisão em regime fechado, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em ação penal que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento tríplex situado em Guarujá, litoral de São Paulo.

A sentença, publicada na manhã de hoje no Diário Oficial da Justiça, refere-se aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além do ex-presidente, outras seis pessoas foram condenadas no mesmo processo.

Abaixo o nome e os crimes praticados pelos réus:

  • Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  • Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
  • Paulo Gordilho, arquiteto e ex-executivo da OAS: lavagem de dinheiro
  • Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula: lavagem de dinheiro
  • Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ex-executivo da OAS: corrupção ativa
  • Fábio Hori Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos: lavagem de dinheiro
  • Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS: lavagem de dinheiro

De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal (MPF), a Construtora OAS, então presidida por Léo Pinheiro, destinou a Família de Lula um apartamento tríplex no Condomínio Solaris, em frente à praia de Guarujá. Antes da empreiteira assumir as obras de reforma, o condomínio era administrado pela antiga Cooperativa de Crédito do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Bancoop), que faliu.

Os investigadores do MPF descobriram que a ex-primeira-dama, Marisa Letícia, havia adquirido uma cota do empreendimento.

O imóvel, ainda segundo o MPF, rendeu a família do ex-presidente cerca de R$ 2,76 milhões. O valor refere-se a diferença que a família de lula havia pago pelo apartamento, somando as benfeitorias feitas no imóvel.

Segundo o Juiz Sérgio Moro, parte das denúncias se baseiam nos depoimentos de Léo Pinheiro e nas visitas que Lula e Marisa Letícia fizeram ao imóvel entre os anos de 2013 e 2014.

A defesa de Lula por diversas vezes disse que o ex-presidente não é proprietário do tríplex, mas reconheceu que a ex-primeira-dama Marisa Letícia havia comprado uma cota do empreendimento imobiliário. No entanto, segundo o advogado, ela desistiu do negócio quando soube que a Bancoop faliu.

O MPF informou agora a pouco que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva é réu em outras duas ações da Operação Lava Jato, uma envolvendo a Operação Janus, que trata de contratos irregulares envolvendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outra relacionada à Operação Zelotes, que trata da venda de medidas provisórias.

O ex-presidente também foi denunciado no caso envolvendo um sítio em Atibaia, no interior do Estado de São Paulo, e em outros dois casos da Lava Jato, um sobre formação de organização criminosa para fraudar contratos da Petrobras, e outra por obstrução da Justiça, quando tentou tomar posse comi ministro da ex-presidente Dilma Rousseff.

A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, mas até o momento não houve resposta dos advogados.

Com informações das Agências Brasil e Estado

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