Na última quinta-feira (27), o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica (CMLE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) reuniu cinco assessores econômicos dos candidatos à Presidência da República: Pérsio Arida (PSDB), Guilherme Mello (PT), Diogo Costa (NOVO), Marco Antonio Rocha (PSOL) e Nilson Araújo de Souza (PPL), durante o Fórum Perspectivas e Futuro da Economia Brasileira. Os demais assessores foram convidados, mas não puderam comparecer por conta de agenda prévia.
Os economistas responderam perguntas que abordavam o problema fiscal do país, sistema tributário, política monetária e inflação, e ambiente interno de negócios junto à regulação. Além disso, também citaram rapidamente algumas questões a respeito do comércio exterior. Em suma, os assessores identificaram desafios bem similares a serem superados, porém que encontrariam abordagens diferentes em cada uma das propostas.
O evento foi conduzido pelo jornalista Ricardo Viveiros e contou com a presença das autoridades da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Benedito Guimarães Aguiar Neto, reitor da UPM; José Inácio Ramos, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM); Davi Charles Gomes, chanceler do Mackenzie; Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do CMLE; Pedro Raffy Vartanian, professor e pesquisador do CMLE.
Confiram a seguir os comentários que marcaram o discurso dos convidados.
“Nós temos mais de 50% de impostos indiretos, imposto que quem paga é o consumidor. E como o pobre consome toda a sua renda, ele é quem mais paga imposto, enquanto os mais ricos têm uma série de isenções”. Guilherme Mello (PT).
“A ineficiência salta a olho nu, nem precisa contratar empresas de consultoria. Devemos otimizar os gastos administrativos e dar foco aos programas sociais que estão dando certo e fechar os que não deram. Como fazer para o país crescer? Temos que criar um ambiente de negócios que facilite investimentos privados e combater o déficit público”, Pérsio (PSDB).
“Temos que reduzir os impostos do consumo que a população brasileira sente como um todo. Mas para isso nós temos que cobrar impostos de quem não paga imposto: os muito ricos.” Marco Antonio Rocha (PSOL).
“Quando falamos em reduzir o Estado, não falamos em reduzir o Estado que oferece infraestrutura, educação e saúde. Mas sim reduzir o Estado que é movido a privilégios e a ajuste fiscal” Diogo Costa (NOVO).
“O grande desafio do nosso candidato é promover o desenvolvimento. Não é administrar a crise, mas sim superar a crise. Fortalecer o mercado interno, aumentando o poder de compra do salário, a começar pelo salário mínimo”. Nilson Araújo de Souza (PPL).