Grandes eventos do agronegócio confirmam: a digitalização das compras on-line é uma megatendência no setor. Neste contexto, se destacam plataformas como o MF Rural, pioneiro no segmento e também o de maior audiência. Os benefícios oferecidos pela tecnologia vão além da facilidade, ao canalizar, em um só lugar, milhares de soluções para o campo.
O modelo tem colaborado para que negócios potenciais mantenham as portas abertas. Foi o que aconteceu com o empresário Antonio Eugênio Vicentin, um produtor de acerola que, certa vez, pensou até em desistir do ramo, por causa de crescentes prejuízos.
“Meu negócio não se sustentava e, para piorar, não encontrava um mecanismo eficiente para conquistar mercado, mesmo produzindo frutos de muita qualidade. Eu vendia basicamente para as pessoas que batiam na minha porta ou para pequenos comércios locais”, relembra o produtor, ressaltando que não se conformava com a situação.
Sua família já foi muito forte na produção de café. Porém, com a crise instalada no setor, em 1985, viu-se obrigado a buscar alternativas rentáveis, chegando à produção de uvas e maracujá. Para diversificar o negócio, 14 anos depois, passou a cultivar acerola, atividade, considerada por ele, uma boa sacada pela constante valorização da fruta.
A produção começou a gerar as demandas que tanto esperava; de tal maneira que todas as áreas disponíveis, em duas propriedades, foram dedicadas ao cultivo da fruta, que foi introduzida no País, há cerca de 40 anos. “O negócio prosperou de tal maneira que resolvemos abandonar as demais atividades”, explica.
Quando secretário municipal de agricultura, o empresário acompanhava palestras sobre fruticultura ministradas por técnicos do CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e também da Embrapa, adquirindo amplo conhecimento. Ao fim da gestão, foi até o Nordeste para conhecer diferentes realidades de produção. Aquela região é a maior produtora nacional de acerola.
“Meus primos faziam a logística de contêineres de exportação da Agrícola Formosa, em Russas, na região do Vale do Jaguaribe (CE), e através deles pude visitar o empreendimento, conhecido como o maior produtor de melão e melancia no Brasil”, diz Antonio.
Da queda a ascensão
Até 2012, o negócio mantinha-se bem, mas as consequências em trabalhar em um mercado restrito começaram a se mostrar. A inadimplência dos clientes passou a ser frequente e as contas não mais fechavam, tanto que se viu obrigado a reduzir o quadro de colaboradores, além de utilizar as economias para liquidar dívidas.
Em busca de soluções, pesquisou novos modelos de comercialização pela internet e acabou se deparando com o marketplace MF Rural. “Eu nem sabia que existiam plataformas como essa, mas logo percebi que digitalizar o negócio seria crucial para conquistar mercado”, relembra o Antonio.
Logo após o primeiro anúncio, vários clientes em potencial entraram em contato. Em apenas seis meses, conseguiu se recuperar do tombo gerado pela inadimplência dos clientes. Deparou-se negociando diretamente com clientes de outras regiões de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e outros estados, despertando até mesmo a atenção de “curiosos” estrangeiros. “Investir no marketplace foi a salvação do meu negócio. Consegui recuperar os prejuízos e comecei a trabalhar com as contas no azul novamente”, relata o produtor.
Nas duas unidades da Estância Zero Branco, pertencentes ao empresário, são produzidas, anualmente, 150 toneladas de acerola. Este volume o classifica entre os maiores produtores brasileiros. Ele não tem certeza, mas presume que seja ao menos o principal no Estado de São Paulo. “Salvei meu negócio investindo pouco, atingindo mercados que antes só poderia imaginar. Até hoje, de 50% a 70% de nossa receita vêm de negócios concluídos por meio da plataforma”, revela Antonio. Sua meta, agora, é construir uma unidade de processamento para exportar a polpa da fruta.
O empresário finaliza dizendo que, em 2016, pelo engajamento do negócio, concretizou o sonho de infância em conhecer a terra natal de seu pai, Sante Vicentin, a cidade de Zero Branco, na província de Treviso, ao Norte da Itália. Sante foi trazido ao Brasil, em 1924, pelo avô do empresário, Giuseppe Vicentin, um ex-combatente na Primeira Guerra Mundial, aos dez anos de idade.
Ao mesmo tempo que desbravava suas raízes, visitava fruticultores com quem já mantinha contato, trazendo-lhe um novo olhar sobre o potencial do negócio. “Essa história, inclusive, foi manchete em uma revista local”, comenta Antonio, ressaltando o apoio da esposa, Izaura Vicentin, em todos os momentos.
Agro mais digitalizado
Segundo o empresário Roberto Fabrizzi Lucas, CEO do Grupo MF Rural, desde a fundação do marketplace, em 2004, é crescente a adesão dos produtores rurais às compras online, movimento que ganhou força total nos últimos anos. “Comprar maquinários, insumos, ferramentas e outros produtos necessários ao dia a dia do campo se tornou algo rotineiro, de modo que, somente no ano passado, recebemos 12 milhões de acessos, com 85 milhões de visualizações de páginas”, comenta.
Entre janeiro e novembro deste ano, mais de R$ 5 bilhões em transações foram convergidas pela plataforma. Assim como o senhor Antonio, outros milhares de produtores alavancaram suas vendas através do engajamento. Em constante evolução, o Grupo MF Rural traz inúmeras soluções em seu ecossistema, como uma carteira digital que dá segurança às compras, logística na entrega dos produtos e até mesmo serviços full time de publicidade. Muito em breve, diferentes linhas de crédito também serão disponibilizadas através de uma fintech que será lançada pelo MF Rural.