São Paulo (SP) – Dançar, sambar e se movimentar são algumas das premissas do Carnaval e, principalmente, da folia nos finais de semana seguintes. No entanto, há prós e contras quando se fala em saúde das pernas neste período. Segundo a dra. Karen Utsunomia, cirurgiã vascular da Prime Care Medical Complex e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, as pessoas que já têm algum problema circulatório podem ter mais sintomas de dor, cansaço nas pernas e inchaços nessa época, porque ficam mais tempo em pé. Mas, a dança e o movimento, por outro lado, estimulam a circulação e evitam as dores nos membros inferiores. Por isso, a recomendação é sambar. E muito!
Homens x Mulheres – Quando se fala em predisposição a ter mais dores nas pernas, as mulheres ganham, já que a prevalência de quadros de varizes e vasinhos é maior no sexo feminino. “O ideal é que quem já tem esses sintomas de problemas circulatórios faça uso de meias elásticas para ajudar no controle da dor e do inchaço”, revela dra. Karen.
Dicas para curtir o pós-Carnaval pelo país sem dores
- Antes de sair de casa, faça uma alimentação balanceada e rica em antioxidantescomo frutas, legumes, verduras, sementes e grãos, e fibras como agrião, alface, abóbora, brócolis, batata-doce, rúcula, entre outros.
- Mantenha-se hidratado ingerindo bastante águapara manter a circulação fluindo adequadamente pelo corpo.
- Evite ficarmuito tempo parado. Acredite, isto será péssimo para as suas pernas!
- Períodos de elevação das pernas, entre um bloco e outro, podem ajudar a trazer alívio.
- Aposte em sapatos confortáveis, pois saltos muito altos ou rasteirinhas podem atrapalhar o funcionamento adequado da musculatura da panturrilha, que é a principal responsável pelo retorno do sangue ao coração, o que pode provocar piora da circulação e das dores nas pernas.
“E se, depois destas dicas, ainda sentir incômodo como inchaços ou surgirem manchas, é recomendado procurar um especialista vascular para fazer uma investigação mais detalhada”, finaliza.
* Estudo “O trabalho e a relação com os pés, tornozelos e joelhos”, que contou com participação de 2940 pessoas de todo o Brasil e de diversos setores da economia. Sendo dois terços dos respondentes mulheres e um terço, homens, com idade entre 20 e 69 anos, que representam 95,5% da amostra.