São Paulo (SP) – Em um jogo equilibrado, definido no match tie-break, o mineiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot estrearam neste domingo (15) no ATP Finals, diante do norte-americano Rajeev Ram e do britânico Joe Salisbury. Pela primeira rodada do Grupo Mike Bryan, na O2 Arena, em Londres, na Inglaterra, Ram e Salisbury marcaram 2 sets a 1, parciais de 7/5, 3/6 e 10-5, em 1h44min. No outro jogo do grupo, o holandês Wesley Koolhof e o croata Nikola Mektic venceram os alemães Kevin Krawietz e Andreas Mies por 2 a 1 – 6/7 (3-7), 7/6 (7-4) e 10-7. O Grupo Mike Bryan terá a segunda rodada nesta terça-feira (17). Melo e Kubot enfrentam Krawietz e Mies.
“O jogo começou bem disputado, contamos com algumas chances. Porém, tivemos uma baixa porcentagem de primeiro saque, o que acabou dando a chance deles quebrarem duas vezes no primeiro set. No segundo set jogamos muito bem. Eles abaixaram um pouco, nós mantivemos o ritmo, jogando até melhor. Mesmo assim perdemos um saque. E isso pra mim foi decisivo no match tie-break, onde eles estiveram bem, mas ao mesmo tempo nós demos a oportunidade não jogando muito com primeiro saque. Enfim, acontece. Eles aproveitaram as poucas chances”, explicou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Volvo, Orfeu Cafés Especiais, Head, Voss, Foxton, Asics, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
“Uma das vantagens do Finals é que temos uma segunda oportunidade. Então é aprender com os erros de hoje, treinar amanhã (segunda) e ir com tudo de novo no próximo jogo do grupo, depois de amanhã, que ainda temos chances de classificar”, completou Marcelo.
Na primeira fase, as oito duplas são divididas nos dois grupos, jogando todas contra todas dentro dele. As duas melhores de cada um disputam as semifinais no sábado (21). A decisão do título será no domingo (22). Este ano, os nomes dos grupos das duplas são uma homenagem aos irmãos Bob e Mike Bryan, que deixaram as quadras nesta temporada. O torneio está comemorando 50 anos, em sua despedida da capital inglesa. A partir de 2021, a cidade italiana de Turim receberá o Finals.
Melo faz em Londres, este ano, sua oitava participação seguida no Finals, recordista entre os brasileiros, a quarta ao lado de Kubot, que já jogou em seis temporadas. E disputa esta edição como o tenista que mais vezes esteve no torneio entre todos os classificados nas duplas em 2020 e como a sequência ativa mais longa entre os jogadores, tanto em simples como em duplas. Nos setes anos em que já participou do torneio, foi duas vezes vice-campeão – em 2014 com o croata Ivan Dodig e, em 2017, com o parceiro polonês.
O jogo – No primeiro set, Ram e Salisbury conseguiram a quebra no oitavo game, 5/3. Melo e Kubot devolveram em seguida, 5/4, com um equilíbrio que vinha desde o início. Mas, com mais um break, no décimo segundo game, os adversários fecharam em 7/5. Na segunda série, o domínio foi de Melo e Kubot, que chegaram a abrir 5/2 e saque. Ram e Salisbury ainda esboçaram reação, fazendo 5/3, mas Melo e Kubot, com o segundo break no set, marcaram 6/3 e levaram o jogo para o match tie-break, em que os adversários venceram por 10-5.
Grupos
Grupo Bob Bryan
(1) Mate Pavic (Croácia) / Bruno Soares (Brasil)
(4) Marcelo Granollers (Espanha) / Horacio Zeballos (Argentina)
(6) John Peers (Austrália) / Michael Venus (Nova Zelândia)
(7) Jurgen Melzer (Áustria)/ Edouard Roger-Vasselin (França)
Grupo Mike Bryan
(2) Rajeev Ram (EUA) / Joe Salisbury (Grã-Bretanha)
(3) Kevin Krawietz / Andreas Mies (Alemanha)
(5) Wesley Koolhof (Holanda) / Nikola Mektic (Croácia)
(8) Lukasz Kubot (Polônia) / Marcelo Melo (Brasil)
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 35 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou sete seguidas -, em 2019, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 – e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016.
Em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, o mineiro Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o parceiro polonês Lukasz Kubot, e agora, em Viena, somou o 35ª da carreira, 15º com Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 35 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de nove ATP 500 e 15 ATP 250. Marcelo, 37 anos, e Kubot, 38 anos, formam parceria desde o início da temporada 2017. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Vinte e uma vitórias em 2020 – Melo e Kubot somam 21 vitórias em 2020, na estreia no Australian Open e no ATP 250 de Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open, quatro em Acapulco, uma no Masters 1000 de Cincinnati, uma no ATP 500 de Hamburgo, uma na estreia em Roland Garros, três no primeiro ATP 250 e uma no segundo em Colônia, quatro em Viena e duas em Paris. A temporada 2019 teve 46 vitórias em 68 jogos. A dupla fechou o ano passado como a segunda melhor parceria do mundo, com 5.000 pontos – atrás apenas dos colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah (8.500). Já no ranking mundial individual de duplas, ficaram entre os top 10 na temporada passada: Marcelo em sétimo, com 4.910 pontos, pela sétima vez consecutiva entre os dez melhores do ano. Kubot, na sexta colocação, com 5.090. Marcelo encerrou 2018 como nono do mundo, foi primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Temporada 2020
Título
ATP 500 – Acapulco (México), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
Vice-campeonato
ATP 250 – Colônia (Alemanha), rápida
Temporada 2019
Título
ATP 250 – Winston-Salem (EUA), rápida
Vice-campeonato
Masters 1000 – Indian Wells (EUA), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
ATP 500 – Beijing (China), rápida
Masters 1000 – Xangai (China), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
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