São Paulo (SP) – O mineiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot – cabeças de chave número 5 – foram derrotados neste sábado (18) no Masters 1000 de Cincinnati pelo também mineiro Bruno Soares e o inglês Jamie Murray – cabeças 4 -, que marcaram 2 sets a 1, parciais de 7/5, 6/7 (6-8) e 10-6, em 1h56min, pelas quartas de final nos Estados Unidos. No segundo set da partida, Melo e Kubot salvaram quatro match points, um deles no tie break, para levar a decisão para o match tie break, em busca da vaga nas semifinais. Mas a vitória acabou ficando com Bruno e Murray, no primeiro confronto entre os dois tenistas mineiros nesta temporada.
Agora, Melo e Kubot voltam suas atenções para o US Open. Eles seguirão treinando para o último Grand Slam do ano, que começa a ser disputado no próximo dia 27 e vai até 9 de setembro, em Nova Iorque (EUA).
“O jogo foi decidido muito nos detalhes. Tivemos algumas chances para quebrar e sacar para o primeiro set. Não conseguimos aproveitar. Depois, no segundo, tivemos de novo as chances, mas acabamos não aproveitando. Aí conseguimos nos recuperar de um match point abaixo para ir para o match tie break. E eles jogaram melhor, estiveram sempre na frente. Não conseguimos comandar o placar em nenhum momento no match tie break. Realmente acabou sendo decidido nos detalhes. Acho que foi um excelente jogo pelos dois times”, afirmou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Confederação Brasileira de Tênis.
O jogo começou muito equilibrado, com as duas duplas sacando bem, mantendo seus serviços. Foi no 11º primeiro game que Melo e Kubot tiveram a chance de quebra, mas os adversários reagiram e mantiveram o serviço, com 6/5 no placar. No game seguinte, a oportunidade do break foi para Bruno e Murray, que conseguiram quebrar e marcar 7/5 para vencer o primeiro set.
Na segunda série, mais uma vez, o equilíbrio permaneceu até o empate em 5/5, com as duas duplas deixando escapar uma chance de break cada. Na sequência, quando Bruno e Murray venciam por 6/5, Melo e Kubot salvaram três match points para empatar e levar a definição do set para o tie break. Mais um match point salvo e a vitória por 7/6 (8-6), para empatar a partida. Veio o match tie break e a vitória ficou com Bruno e Murray por 10-6.
O Masters 1000 de Cincinnati foi o terceiro torneio da sequência em quadra rápida como preparação para o US Open. Antes, Melo e Kubot disputaram o ATP 500 de Washington (EUA) e o Masters 1000 de Toronto (Canadá).
Trinta e nove partidas, 24 vitórias e dois títulos na temporada – O brasileiro Marcelo Melo, 34 anos, e o polonês Lukasz Kubot, 36 anos, estão jogando juntos desde o início da temporada 2017. Antes, formaram parceria em torneios como o ATP de Viena, onde foram campeões em 2015 e 2016.
Em 2018, até agora, foram dois títulos, com a disputa de 39 jogos e 24 vitórias – quatro em Sidney, campeões do ATP 250, três no Australian Open, em Melbourne, ambos na Austrália, uma no ATP 500 de Roterdã, na Holanda, uma no Rio Open, no Rio de Janeiro, uma no ATP 500 de Barcelona, na Espanha, duas no ATP 250 de Munique, na Alemanha, uma no Masters 1000 de Madri, na Espanha, uma no Masters 1000 de Roma, na Itália, duas em Roland Garros, duas no ATP 250 de S-Hertogenbosch, com Marcelo atingindo 450 vitórias na carreira, na estreia na Holanda, quatro no ATP 500 de Halle, com a conquista do bi na Alemanha, uma na estreia em Wimbledon e uma no Masters 1000 de Cincinnati.
Em 2017, a dupla Melo e Kubot disputou 24 torneios, conquistou seis títulos, venceu 51 jogos, com apenas 18 derrotas. Entre essas vitórias estão a 400ª da carreira do brasileiro, obtida na estreia em Roland Garros.
No ranking mundial individual de duplas, Melo ocupa atualmente a décima segunda colocação, com Kubot em décimo primeiro. Eles empatam em número de pontos, 4.860, mas pelo primeiro critério de desempate – torneios disputados ao longo de 52 semanas -, o mineiro tem uma competição a mais. O líder do ranking é o norte-americano Mike Bryan, com 8.295 pontos.
Já no ranking mundial de duplas, Melo e Kubot estão na décima colocação, com 2.190 pontos. O ATP Doubles Team Race define, ao final da temporada, as oito melhores parcerias para a disputa do ATP Finals, encerrando o ano. Os líderes são o austríaco Oliver Marach e o croata Mate Pavic, com 6.590.
Recordes em 2018 e o 30º título na carreira – Neste ano, Melo passou a ser o tenista brasileiro com maior número de semanas no topo do ranking – 56 – e, também, o recordista brasileiro em número de títulos da ATP, agora com 30, após a conquista em Halle. Desde 2017, quando encerrou a temporada como número 1, até agora, ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder (13 no ano passado e 17 em 2018). Antes, ele ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016. Em março foi eleito atleta do ano pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil).
Principais conquistas na carreira – Entre os 30 títulos de Melo na carreira, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e oito Masters 1000, além de cinco ATP 500 e 14 ATP 250. Com a conquista em Sidney, pelo 12º ano consecutivo comemora ao menos um título por temporada.
O primeiro título em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam – Roland Garros 2015 e Wimbledon 2017 -, além de um vice em Londres (2013) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Paris, em novembro de 2017, chegou ao oitavo, depois de ganhar Shangai (2013 e 2015), Paris (2015), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Temporada 2018
Títulos
ATP 250 – Sidney (Austrália), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
Semifinais
ATP 250 – Munique (Alemanha)
ATP 250 – S-Hertogenbosch (Holanda)
Quartas de final
Grand Slam – Australian Open (Austrália)
Masters 1000 – Madri (Espanha) e Roma (Itália)
ATP 500 – Barcelona (Espanha), Rio Open (Rio) e Roterdã (Holanda)
Principais resultados em 2017 (24 torneios):
6 títulos: (conquistados em três pisos diferentes):
Grand Slam – Wimbledon, Londres (Inglaterra), grama
Masters 1000 – Paris (França), rápida; Madri (Espanha), saibro; e Miami (EUA), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
ATP 250 – S-Hertogenbosch (Holanda), grama
4 vice-campeonatos:
ATP Finals – Londres (Inglaterra)
Masters 1000 – Shanghai (China), Indian Wells (EUA)
ATP 500 – Washington (EUA)
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