A dificuldade em digerir o açúcar existente no leite e seus derivados é uma realidade para muitas pessoas. A nutricionista responsável pelo Ambulatório de Nutrição do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Kátia Terumi M. R. Ushiama, esclarece sobre o problema e alerta que o diagnóstico não deve ser sinônimo de desespero. Confira abaixo algumas dicas da nutricionista:
- Não é preciso viver para sempre sem lactose
O tratamento inicial é a retirada total da lactose da dieta para reduzir o desconforto, como gases e inchaço abdominal. Mas, após liberação médica, é possível tentar a reintrodução de alguns derivados do leite, como queijos e iogurtes, de forma gradativa para observar a tolerância do paciente.
- A quantidade de lactose muda conforme o alimento
Alguns derivados contêm menos lactose e podem ser tolerados, por isso é preciso reintroduzi-los aos poucos, para detectar o nível de intolerância de cada pessoa. Não é possível definir uma dosagem exata de ingestão diária, pois não se pode mensurar a quantidade de lactase, enzima que digere a lactose, que o indivíduo produz.
- Produtos sem lactose não têm menos cálcio
A exclusão inicial de leite e seus derivados da alimentação não está diretamente relacionada à deficiência de cálcio na dieta. Esses produtos não apresentam diferença no teor do mineral em suas composições.
- Substituir lácteos por leites vegetais merece atenção
Se o indivíduo optar por não consumir lácteos sem lactose, a substituição dos lácteos por leites vegetais, como soja e arroz, pode ser feita, porém, nesse caso, é preciso incluir fontes vegetais que contenham cálcio, como folhas verde-escuras, sementes e oleaginosas – castanhas e nozes, por exemplo.
- Evitar é a melhor saída
Mesmo que de forma não tão aparente, alguns alimentos possuem grande quantidade de lactose em sua produção e devem ser evitados. Nesta lista estão pudins, flans, sorvetes cremosos, chocolates ao leite, manteiga, preparações com creme de leite, molho branco e gratinados.