Moda é um assunto que atinge todas as pessoas. Através dela, é possível se expressar, revelar gostos e até comunicar alguns valores e causas importantes para cada um.
No entanto, a indústria têxtil tem um grande impacto negativo para o meio ambiente e até para a sociedade.
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Créditos: iStock
São toneladas de resíduos desperdiçados que acabam gerando poluição, litros e litros de água utilizados para a confecção de peças e, em alguns casos, envolve até mesmo a exploração de mão de obra barata.
O uso desenfreado de recursos para a produção de roupas que se desgastam facilmente ou são descartadas em um curto período de tempo é um problema que a moda sustentável busca resolver.
O que é moda sustentável?
Diversos fatores podem caracterizar uma peça de roupa como sustentável. O tipo de material utilizado, a forma como ele é tratada e até as relações de trabalho influenciam na sustentabilidade do item.
Marcas que buscam minimizar os impactos no meio ambiente podem optar por processos mais ecológicos, que consomem menos recursos, e utilizar matérias-primas naturais ou recicladas.
Também é possível reduzir os efeitos da indústria têxtil a partir do slow fashion. Em vez de produzir milhares de peças, algumas marcas trabalham sob demanda ou com estoque limitado, o que diminui a geração de resíduos e desperdício de materiais.
Como as redes de fast fashion ainda são as grandes detentoras de recursos e conseguem oferecer roupas a preços mais baixos, nem sempre comprar de pequenas lojas é acessível para todos.
No entanto, é possível mudar alguns hábitos para garantir um consumo de moda mais sustentável.
Práticas sustentáveis
Ao comprar uma peça de roupa, é importante se atentar a algumas questões. É uma compra necessária? Vale a pena investir em uma peça mais cara que pode durar mais? Quantas vezes este item será utilizado?
Tudo isso ajuda a tomar decisões mais conscientes e precisas. Optar por peças curingas e atemporais garante um guarda-roupa mais versátil e com menos desperdício de matéria-prima.
Transformando peças de roupas
Outra possibilidade é customizar roupas que não estão sendo utilizadas ou adquirir novas em brechós e bazares. Neste caso, elas costumam ser mais baratas e podem precisar de pequenos retoques, que dão espaço à criatividade.
Inicialmente, pequenas costuras podem resolver grandes problemas, como furos ou linhas soltas. Já uma alternativa para personalizar o item e dar uma cara nova a ele é aplicar adesivos termocolantes na peça, bordados, pedras ou outros itens de armarinhos.
Também é possível apostar em técnicas de recortes. Uma calça pode virar um short, e uma camiseta, um cropped novo.
Para reviver as cores, basta utilizar uma tinta de tecido na peça. É possível tingir o tecido por inteiro ou então usar técnicas para obter estampas únicas.
Outra opção para quem gosta de arte é desenhar na roupa. É possível criar padrões, escrever frases ou usar referências de filmes e músicas para produzir uma peça exclusiva. Para quem não tem tanta habilidade, basta adquirir moldes.
Agora, se existe uma peça parada no guarda-roupa que não vai mais ser usada, ela pode ser doada, ou então, se for algo de valor sentimental, pode se tornar um item de decoração. Vale a pena emoldurar estampas ou até recortar para fazer colagens com o tecido.
Personalizar com as próprias mãos uma peça de roupa pode ser divertido e ainda ajuda a evitar o acúmulo de resíduos poluidores em grandes aterros.
Também é uma chance para repensar quais peças valem a pena ser compradas, de onde as roupas que estão no guarda-roupa vêm e como foram produzidas.