Tatiane Salles, que trabalhou por 1 ano e meio na Ásia, conta que a vida nem sempre é um mar rosas.
Natural de Araxá, em Minas Gerais onde terminou sua graduação em engenharia de produção com registro no Crea abandonou a carreira de engenharia para exercer a profissão de modelo no continente asiático .
Isso aconteceu após uma postagem na internet de fotos que foram selecionadas por uma agência de modelos “sou morena e magra tipo ideal para trabalhar com a moda asiática e fiz inúmeros catálogos, campanhas, websites e TVs, exuberando as lindas roupas asiáticas (como mostra as fotos abaixo).
“Mas tive que interromper meus sonhos por causa de um diagnóstico de aneurisma cerebral”, diz a modelo.
“Estava exercendo minha função de modelo com foco maior na Índia, e com vários contratos assinados mas precisei retornar ao Brasil devido a fortes dores de cabeça.
Através de um exame do cérebro ficou detectado a presença de um aneurisma cerebral na carótida esquerda. Como o quadro se agravou repentinamente perdi a consciência meu olho esquerdo fechou e entortou. Devido à gravidade do quadro os meus familiares providenciaram minha transferência para um hospital em Minas Gerais na universidade federal de Uberaba.
Após novos exames ficou confirmado a presença desse aneurisma e fui submetida a uma microcirurgia para tratá-lo.
Meses após a primeira cirurgia tive que me submeter a um outro procedimento pois começou a sair pus no local da cirurgia ficando evidenciado uma infecção no osso do crânio. Novo procedimento foi realizado com retirada do osso infectado.
Todo esse período que envolve o meu retorno até a cirurgia e posteriormente uma nova cirurgia fiquei com uma sequela de déficit de memoraria recente.
Nos dias atuais, após uma recuperação gradual, a modelo disse que foi muito difícil aceitar a doença e que a falha óssea atrapalhava de maneira muito grande a sua estética. Esse fato me deixou triste e deprimida e ainda mais Distante de retornar ao meu sonho que me acompanha desde de criança”, disse a modelo
“Recém-formada, eu tive a oportunidade de embarcar nessa aventura que era meu sonho.
Eu sempre gostei de roupas, fotografar, ficar horas olhando no espelho e quando eu estudava eu nunca parei de fotografar eu me divertia muito, era um momento de extrema felicidade”.
“Finalmente, por mero acaso foi escolhida por uma agência de modelo para me tornar modelo internacional. Foi um período de muito aprendizado e grandes conquistas tanto no ponto de vista profissional e financeiro.
Uma experiência única e de grandes realizações.
Me mudei pro exterior, não sabia fala, eu não sabia o que comer, não sabia absolutamente nada. Tudo foi tão novo pra mim que eu me sentia em um mundo estranho, onde tudo era novidade. A Índia foi meu primeiro país, meu primeiro contato com uma cultura diferente e hoje considero surreal, respeito e me identifico muito. Comecei até a me sentir diferente de tudo e aos poucos fui descobrindo e aprendendo a me virar. Poucos meses haviam se passado, e eu estava encantada com tudo até com o trânsito caótico, com os animais no meio da rua um mundo totalmente oposto ao Brasil.
A cultura indiana era muito diferente da realidade brasileira principalmente da minha cidade natal”.
“Estava muito empolgada, feliz e com muitos contatos de trabalho, porque eu já havia feito uma grande rede de contatos e vários contratos assinados. Tati ficou muito assustada e achou que os seus sonhos acabariam ali”.
A modelo demorou a aceitar tudo que estava acontecendo.
“Isso mudou meu psicológico. Eu sentia que nunca mais poderia trabalhar e me sentia muito triste. Ao passar dos meses eu me aceitei e, hoje, sou muito feliz com a experiência que tive com a oportunidade de vida e de ter uma família e amigos que me amam muito. Eu ainda não posso trabalhar mas tenho muita gratidão por Deus e me sinto super conectado com Ele. Acreditando assim nos planos de Deus “.
Tati ainda faz tratamento em São Paulo Para uma melhor recuperação. “Me sinto bem me aceito e me acho bonita e sei que brevemente estarei apta a retorna. Até hoje recebo convites e telefones de contatos e afirmo que retornarei breve.
Não só na Ásia, mas quero conhecer principalmente a capital da moda que é a Europa.
No meu período que fiquei na Índia realizei temporadas curtas de trabalho em outros países da Ásia, Japão, Indonésia, China, Catar, Emirados Árabes, e agora pretendo no meu retorno fazer trabalhos em outros continentes. Breve e com a ajuda de Deus chego lá”.