O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) a soltura do ex-auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.
Em sua decisão, Moraes manteve o acordo de delação premiada assinado em 2023 pelo ex-braço direito de Bolsonaro, que atuou entre 2019 e 2022.
“A regularidade, legalidade e adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal, bem como a voluntariedade da manifestação de vontade do militar, foram reafirmadas”, destaca a decisão do magistrado.
Cid foi novamente preso em 22 de março passado, devido a uma suposta obstrução à Justiça após a divulgação de áudios pela revista Veja. Nos áudios, Cid afirmou ter sofrido “pressões” dos investigadores da Polícia Federal (PF), declarou que suas declarações foram distorcidas e que Alexandre de Moraes já tinha a “sentença pronta”. No entanto, após ser preso em março, Cid voltou atrás e negou ter sofrido coerções da PF.
Moraes determinou que o militar deverá cumprir algumas medidas cautelares, como a proibição de manter contato com Bolsonaro e outros investigados no caso que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023.
Além disso, o ex-ajudante de ordens também deverá utilizar uma tornozeleira eletrônica.