Morreu na tarde deste sábado (06), aos 91 anos, no Bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, o Jornalista, escritor, desenhista e cartunista, Ziraldo Alves Pinto, ou simplesmente, Ziraldo, como era conhecido no Brasil e no Exterior.
A informação da morte do Jornalista, que também era chargista e caricaturista, foi dada pela família. Ele faleceu por volta das 15h05min (horário de Brasília), no apartamento em que mora com a família, no Bairro da Lagoa. Segundo a familiares, ele morreu dormindo.
Ziraldo foi um dos fundadores do Jornal ‘O Pasquim’, um dos principais veículos a combater a ditadura militar no Brasil. O jornal foi fundado em 1960 e, por diversas vezes, foi censurado.
Ele iniciou a carreira em 1950, na ‘Revista Era Uma Vez’. Em 1954, passou a ter uma página de humor no Jornal ‘A Folha de Minas’, recém-criado.
Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte, capital do Estado.
No mesmo ano, entrou para o time de escritores das Revistas ‘A Cigarra’ e ‘O Cruzeiro’. Em 1958, casou-se com Vilma Gontijo, sua namorada havia sete anos. Tiveram três filhos.
Na década seguinte, foi convidado para trabalhar no Jornal do Brasil, onde publicou charges políticas e cartuns, como ‘Jeremias o Bom’, ‘Supermãe’ e ‘Mineirinho’.
Após, ele conseguiu realizar um sonho de infância, publicar histórias em quadrinhos, tendo publicado a primeira revista do gênero, como autor, ‘A Turma do Pererê’. Os personagens eram um pequeno índio e vários animais, como a onça, o jabuti, o tatu, o coelho e a coruja.
Em 1964, com o início da ditadura militar, o Jornal o “Pasquim’ deixou de ser publicado e alguns dos escritores e humoristas que trabalhavam com ele chegaram a ser presos.
Ao mesmo tempo em que combatiam a censura e a ditadura, Millôr, Henfil, Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Ivan Lessa, Sérgio Augusto e Paulo Francis, jornalistas e escritores que trabalhavam com ele, sofreram com as perseguições, detenções ilegais e a censura.
Um dia depois do Ato Institucional nº5 (AI-5), baixado em 13 de dezembro de 1968, Ziraldo foi detido em casa e levado a força para o Forte de Copacabana, transformado em prisão para os opositores do regime ditatorial brasileiro.
Seu maior sucesso, “O Menino Maluquinho”, foi publicado em 1980. E é considerado um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro em todos os tempos.
Os familiares de Ziraldo ainda não divulgaram informações sobre o velório e o sepultamento do jornalista.
Com informações das Agências Brasil e Estado