O Ministério Público Estadual (MPE) do Pará determinou nesta quarta-feira (22) que os incêndios florestais registrados em 2019, na Região de Alter do Chão, sejam novamente investigados.
Na ocasião, a Polícia Civil chegou a indiciar e prender quatro brigadistas e um voluntário que combatiam os incêndios. Todos foram acusados de provocar o incêndio na região, que é uma área de Preservação Ambiental.
A prisão dos cinco suspeito aconteceu com base no depoimento de testemunhas. Os promotores solicitaram a quebra do sigilo telefônico das testemunhas com o objetivo de saber se eles realmente estavam no local dos incêndios nas datas em que relataram os fatos.
No inquérito apresentado pela Polícia Civil não constam dados importantes e, por essa razão, se fez necessário requisitar uma série de novos laudos e perícias.
Os promotores também querem que a Polícia Civil ouça os depoimentos de cinco testemunhas indicadas pela defesa dos brigadistas.
Em setembro de 2019, um incêndio de grandes proporções atingiu e destruiu uma área de Proteção Ambiental em Alter do Chão, em Santarém, no Pará. O fogo durou cerca de quatro dias e devastou uma área de 1.100 hectares.
Em novembro do mesmo ano, a Polícia Civil do Pará solicitou a Justiça a prisão preventiva dos quatro brigadistas e do voluntário, tendo o caso gerado protestos e uma repercussão internacional.
Depois de passarem dois dias na prisão, os brigadistas e o voluntário foram soltos, estão respondendo ao processo em liberdade.
O indiciamento e a prisão dos brigadistas e do voluntário se basearam no depoimento apenas de algumas testemunhas. Todos foram acusados de crime ambiental e associação criminosa.
De acordo com o inquérito policiais, os brigadistas e o voluntário atearam fogo na área de Proteção Ambiental com o intuito de obter doações de Organizações Não-Governamentais (ONGs). Todos sempre negaram tais acusações.
Com informações das Agências Estado e Brasil