O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso do Sul recomendou na tarde desta sexta-feira (24/07), que o Governo do Estado suspenda por tempo indeterminado as obras no Aquário do Pantanal, localizado no Parque das Nações Indígenas, nos altos de Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, capital do Estado.
De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do MPF/MS, a recomendação de suspensão das obras é para facilitar o andamento das investigações de algumas empresas responsáveis, acusadas de cometerem fraudes em licitações.
Uma das empresas responsáveis pela obra, a Proteco, que se encontra sob suspeita, e que está sendo investigada, demitiu praticamente todos os funcionários, sendo que muitos deles reclamam da falta de pagamentos, e da interrupção no fornecimento de benefícios como o vale-transporte e o vale-refeição.
Alguns funcionários, que já haviam sido demitidos anteriormente, foram nesta sexta-feira até o Aquário do Pantanal para protestar, deixando o clima ficou tenso. A Polícia Militar foi acionada, mas não houve confrontos.
Em nota, o Governo do Estado divulgou a informação de que a Empresa Proteco não é mais responsável pela obra do Aquário do Pantanal, e que a mesma está agora sob responsabilidade da Empresa Egelte Engenharia.
As obras no Aquário do Pantanal estão envolvidas em polêmicas e escândalos, que vão desde a mortandade de peixes que foram adquiridos antes da conclusão do complexo, até indícios de fraudes na execução dos trabalhos e nas licitações.
Uma das empresas responsáveis pela obra, a Proteco, está sendo investigada pela Polícia Federal. O empresário João Amorim, proprietário da empresa, também está sendo investigado.
O Ministério Público Federal recomendou ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, que fosse criada uma Comissão para fiscalizar o andamento das obras no Aquário do Pantanal, e que também fosse feita, uma auditoria em todos os contratos da Empresa Proteco Construções Ltda., responsável por essa e outras obras no Estado.