MPT participa neste sábado (11) da Festa Literária das Periferias

No dia da entrada em vigor da reforma trabalhista, trabalho escravo e infantil são temas da mesa "A revolução que não fizemos", na Flup.

Foto: Divulgação

Rio de Janeiro (RJ) – O amanhecer deste sábado, 11 de novembro de 2017, traz uma nova realidade aos trabalhadores no Brasil: a entrada em vigor da reforma trabalhista. Mas na parte da tarde, às 14h30, o trabalho escravo e infantil serão temas da mesa “A revolução que não fizemos”, no Galpão da Horizonte, no Morro do Vidigal, com o procurador do Trabalho Tiago Muniz Cavalcanti, coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete), do Ministério Público do Trabalho, e do jornalista Leonardo Sakamoto.

A atividade integra a programação da sexta edição da Festa Literária das Periferias (Flup), que teve sua primeira edição em 2012 e ganhou repercussão internacional. A Flup ocupa o Morro do Vidigal desde o mês de maio, quando teve início a parceria com o MPT, com o objetivo de levar às populações e territórios mais vulneráveis noções de direitos trabalhistas e da atuação do órgão para garantir o trabalho decente e enfrentar o trabalho escravo e infantil.

“A participação do MPT na Flup nos possibilita estreitar o contato com a sociedade e nos permite ouvir as vozes do morro. Temas como o trabalho escravo e a exploração do trabalho infantil precisam ser discutidos, sobretudo nas periferias. A informação é um importante instrumento de combate”, destaca o coordenador nacional da Conaete, Tiago Cavalcanti.

Antes da mesa, a atriz Natália Lage vai ler trechos do livro “Identidades”, de Felipe Munhoz, e, durante o debate, serão lidos poemas sobre trabalho infantil e escravidão, escritos por jovens que estiveram no seminário “Seis temas à procura de Justiça: a poesia também pode inspirar a luta contra o trabalho infantil e a escravidão contemporânea”, ocorrido no Museu de Arte do RJ (MAR), nos dias 12 e 13 de maio.

Com a participação do MPT no RJ, o seminário serviu de inspiração para a criação dos poemas de alunos das escolas públicas de quatro zonas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e contou com palestras das procuradoras do Trabalho Dulce Martini Torzecki, titular regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) e Guadalupe Turos Couto, titular regional da Conaete.

Para a procuradora do Trabalho Elisiane dos Santos, do MPT em SP e uma das idealizadoras dessa parceria com a Flup, “um debate sobre esses temas nesse momento crítico é de fundamental importância para esclarecer à sociedade sobre os efeitos perversos da reforma, que afronta os direitos humanos e trará impactos negativos no enfrentamento ao trabalho infantil e escravo, o que já vem ocorrendo, inclusive com os cortes de verbas para a fiscalização”.

Ela esclarece, ainda, que o MPT seguirá firme na missão de defesa do regime democrático e dos direitos fundamentais dos trabalhadores, enfrentando as alterações legislativas inconstitucionais, pautado no valor social do trabalho e na dignidade da pessoa humana, fundamentos maiores do Estado Democrático de Direito.

Para mais informações sobre a Flup, acesse aqui a página do evento.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo