Na agropecuária não adianta ter tecnologia, sem formação profissional, afirma palestrante da Expotrês

Durante a Expotrês cerca de 400 jovens de oito municípios vão debater o futuro da agropecuária.

Pecuarista André Bartocci – Foto: Divulgação

O que achávamos que era simples, não é simples. Pecuária daqui para frente é uma atividade para profissionais. Especuladores e amadores têm de ficar longe do boi se o objetivo for lucro. E jovens que pretendem atuar no agronegócio precisa ter brilho nos olhos. A afirmação é do pecuarista André Bartocci, palestrante do I Encontro Jovens da Agropecuária – Etapa Três Lagoas, que acontecerá na próxima quarta-feira (31), durante a Exposição Agropecuária de Três Lagoas, Expotrês, a partir das 18h.

O evento realizado pelo grupo Famasul Jovem e MNP Jovem, em parceria com o Sindicato Rural de Três Lagoas, deve reunir cerca de 400 jovens dos municípios de Brasilândia, Inocência, Cassilândia, Nova Andradina, Três Lagoas, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Campo Grande. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas minutos antes do evento.

Em sua palestra Bartocci afirma que levará em consideração a necessidade dos jovens se capacitarem para lidar com um cenário cada vez mais profissional, e volátil ao mesmo tempo. “O momento atual, que inclui questões envolvendo a indústria, nossa economia mundial e brasileira, sabemos que deixará uma ruptura e ficará mais clara essa situação, sobre quem está surfando na onda. E quem não pegou a onda, vai ter de nadar um pouco para chegar até ela”, reforça o palestrante considerando a necessidade de busca de conhecimento, que capacite quem participa do meio rural.

Sobre o Encontro Jovens da Agropecuária em Três Lagoas o pecuarista se diz entusiasmado. “Será gratificante falar para um público desse, ali estarei dialogando com quem efetivamente vai participar do futuro. E por outro lado, fico muito à vontade, porque comecei a trabalhar muito jovem e tive grandes desafios, mas também tive grandes oportunidades quando encarei eles”, pontua o palestrante.

Batocci também esclarece que o momento em que ele entrou para o campo e o atual, são bastante diferentes, mas o atual, apesar de mais desafiador, apresenta muito mais oportunidades. “Uma coisa essencial para que o jovem tenha sucesso e que deve estar em suas características é o brilho nos olhos. É preciso gostar daquilo que está fazendo, precisa acordar não como se fosse para uma guerra, mas como se fosse para um lugar bom e tivesse o que fazer lá, esse é o caminho”.

Mesmo com o cenário delicado a mensagem que o produtor rural passa é otimista. “Estar ligado ao agronegócio hoje é excepcional. Mas estar especificamente na pecuária, traz a sensação de estar no lugar certo, na hora certa. E arrisco a dizer que talvez, a atual situação delicada, até ajude a melhorar alguns elos da pecuária na sequência”, destaca Bartocci.

Segundo ele o lado bom da pecuária, fazendo referência às tecnologias, é que se tem muito o que desenvolver. Ele acredita que existem muitas pessoas, e jovens principalmente, que não utilizam o que está disponível, apresentando a necessidade de se aprofundar na pecuária tropical.

“Tudo acaba em gestão de recursos e pessoas, pois não adianta ter tecnologia se não temos pessoas, com formação profissional. Esse é o grande desafio e divisor de águas”, finaliza o palestrante.

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