São Paulo (SP) – Foram meses de expectativa. Agora, o tênis está de volta a partir deste fim de semana. E com um encontro entre brasileiros logo na primeira rodada do Masters 1000 de Cincinnati, em Nova Iorque (EUA). O sorteio da chave de duplas definiu que o mineiro Marcelo Melo e o polonês Lukasz Kubot – cabeças de chave número 2 – retornam às quadras enfrentando na estreia o também mineiro Bruno Soares e o croata Mate Pavic, em data e horário a serem anunciados. O torneio marca a retomada do circuito após a paralisação, desde março, em função da pandemia da Covid-19.
“A estreia será contra o Bruno. Faz parte. Não é a primeira vez que nos enfrentamos, nem será a última, como sempre falamos. O ponto positivo é que um brasileiro estará na segunda rodada. E independente disso, tenho certeza que o Bruno vai falar a mesma coisa, o importante é estarmos aqui de volta, competindo em um torneio de alto nível, com o circuito retornando. Nossa preparação foi boa. Tivemos bons treinos. Agora é ver quem consegue ir mais longe”, afirma Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio de Asics, Orfeu Cafés Especiais, Volvo, Voss, Bolsa Atleta e Confederação Brasileira de Tênis.
Uma edição 2020 cercada por rígidos protocolos de prevenção ao novo coronavírus, sem a presença de público, realizada não em Cincinnati, mas em Nova Iorque, no complexo Billie Jean King. Local em que os tenistas seguirão nas próximas semanas, com a disputa do US Open, Grand Slam marcado para o período de 31 deste mês a 13 de setembro, na bolha criada para o retorno do tênis nos Estados Unidos em meio à pandemia.
“A rotina aqui está realmente muito restrita. Estamos dentro de uma bolha, como eles mesmo dizem. Já fiz dois testes, os dois deram negativo. E, agora, a cada quatro dias um novo teste. O controle está bem rígido. Temos de andar com credencial o tempo todo para, caso alguém seja contaminado, saber quem estava por perto. Mas todos aqui estão muito felizes com a oportunidade de voltar a jogar. Todos agradecendo ao US Open pelo esforço por esse retorno”, explica Marcelo.
Uma experiência totalmente diferente, sem a presença de torcida. “Está bem tranquilo. Sem público acabou sobrando muito espaço para os jogadores. Então, os organizadores criaram jogos na área externa, dois novos restaurantes. Estamos podendo ficar bem afastados. Não vejo os jogadores muito preocupados com contaminação, até por estar todo mundo precavido, usando máscara o tempo todo, com álcool gel por todos os lados. Muito bem controlado. Espero que siga assim”, completa.
No ano passado, Melo e Kubot chegaram às quartas de final do Masters 1000 de Cincinnati e às oitavas de final do US Open. Agora em 2020, o último torneio disputado pela dupla antes da pausa do circuito foi o ATP 500 de Acapulco, no México, em que foram campeões. Eles ocupam a sexta colocação na Corrida para Londres, com 815 pontos. No ranking mundial individual de duplas, aparecem empatados em quinto lugar, com 5.140 pontos (os pontos dos rankings estão congelados desde a paralisação).
Recordista em títulos e semanas no topo do ranking – Recordista brasileiro em número de títulos, com 34 conquistas, e também em semanas no topo do ranking da ATP – 56 -, assim como em participações no ATP Finals – completou sete seguidas -, em 2019, Marcelo somou mais um recorde ao chegar a 500 vitórias, na estreia no ATP 500 de Washington, em julho, maior vencedor entre os tenistas do Brasil, passando a ser o 35º jogador de todos os tempos a atingir essa marca.
Entre 2017 e 2018, Marcelo ficou 30 semanas – 25 consecutivas – como líder do ranking mundial individual de duplas da ATP (13 semanas em 2017 – terminando o ano como número 1 – e 17 semanas em 2018). Antes, ocupou a liderança pela primeira vez em 2015, por 22 semanas, também virando o ano na frente, e voltou ao primeiro lugar por mais quatro semanas a partir de maio de 2016.
Agora em 2020, no México, no ATP 500 de Acapulco, Marcelo conquistou o 34º título da carreira, o 14ª com o parceiro polonês Lukasz Kubot. Pelo 14º ano consecutivo comemora no mínimo um título por temporada. Juntos, Melo e Kubot ganharam pelo menos um torneio por ano desde 2015.
Dos 34 títulos, todos em duplas, dois são Grand Slam – Roland Garros, na França (2015) e Wimbledon, em Londres (2017) e nove Masters 1000, além de oito ATP 500 e 15 ATP 250. Marcelo, 36 anos, e Kubot, 38 anos, formam parceria desde o início da temporada 2017. Antes, jogaram em torneios como o ATP 500 de Viena, em que foram campeões em 2015 e 2016.
Oito vitórias em 2020 – Melo e Kubot somam oito vitórias em 2020, nas estreias no Australian Open e no ATP 250 de Adelaide, na Austrália, duas no Rio Open e quatro em Acapulco. A temporada 2019 teve 46 vitórias em 68 jogos. A dupla fechou o ano passado como a segunda melhor parceria do mundo, com 5.000 pontos – atrás apenas dos colombianos Juan Sebastian Cabal e Robert Farah (8.500). Já no ranking mundial individual de duplas, ficaram entre os top 10 na temporada passada: Marcelo em sétimo, com 4.910 pontos, pela sétima vez consecutiva entre os dez melhores do ano. Kubot, na sexta colocação, com 5.090. Marcelo encerrou 2018 como nono do mundo, foi primeiro em 2017 e 2015, oitavo em 2016 e sexto colocado em 2013 e 2014.
O primeiro título de Marcelo em torneios ATP foi em 2007, no Estoril, em Portugal. Tem dois Grand Slam, além de um vice em Londres (2013) e um vice (2018) e duas semifinais no US Open. Marcelo também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Xangai 2018 chegou ao nono, depois de ganhar Xangai (2013 e 2015), Paris (2015 e 2017), Toronto (2016), Cincinnati (2016), Miami (2017) e Madri (2017).
Temporada 2020
Título
ATP 500 – Acapulco (México), rápida
Temporada 2019
Título
ATP 250 – Winston-Salem (EUA), rápida
Vice-campeonato
Masters 1000 – Indian Wells (EUA), rápida
ATP 500 – Halle (Alemanha), grama
ATP 500 – Beijing (China), rápida
Masters 1000 – Xangai (China), rápida
ATP 500 – Viena (Áustria), rápida
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