O mercado automotivo brasileiro deve contar com a versão híbrida do Nissan Kicks a partir de 2020 ou 2021. A informação foi obtida na maior feira de tecnologia do mundo, a CES 2019. A opção mais econômica do SUV compacto poderá também ser produzido na linha de montagem da montadora em Rezende (RJ). Ainda não dá para cravar que o carro virá para o mercado nacional, mas as apostas são quentes.
Já foi noticiado que a Nissan havia registrado o sistema e-Power no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e que o carro poderia vir para o Brasil. A tecnologia pode equipar o Kicks ou outro modelo da montadora, no país.
José Luis Valls, Vice Presidente da Nissan para a América Latina, e Marco Silva, Presidente da empresa no Brasil, divergem um pouco no grau de otimismo e prazos para a chegada do modelo ao mercado. Mas, lembra uma fonte, o grande interesse pelo Kicks híbrido no Brasil deve garantir sua oferta a partir de dois ou três anos.
Essa versão do utilitário esportivo hoje não existe. Ela será baseada no Note e-power japonês, versão híbrida da minivan compacta que é uma espécie de Honda Fit da Nissan, e com a qual o Kicks compartilha plataforma. Há pouco mais de dois anos, o modelo passou a ser equipado com o sistema e-power. E mesmo sendo um projeto mais antigo, o carro conquistou a liderança de vendas no Japão.
Por aqui, o Note está servindo de plataforma de testes. Segundo fonte ligada ao fabricante, o projeto do Kicks e-power está indo bem, porém ainda está em estudo de viabilidade e de custos. O chamado business case ainda não fechou.
Como funciona a tecnologia e-power
No sistema e-Power, acelerador e freio são acionados em um único pedal. Quando o motorista ergue o pé, o carro desacelera ou para, momento em que as baterias são recarregadas. Diferente dos híbridos tradicionais, seu motor a gasolina apenas carrega as baterias, enquanto a tração é garantida pelo motor elétrico. A arquitetura resulta em médias de consumo bem baixas e autonomia de até 600 km. E sem a necessidade de recarga na tomada.
Conforme apurado, no carro japonês o propulsor elétrico gera o equivalente a 110 cv, bem menos que os 150 cv gerados pelo novo Leaf. Já o torque instantâneo de 25,9 kgfm deve ser suficiente para dar uma tocada bem mais ágil ao compacto em comparação ao carro com motor 1.6