Filho do humorista Chico Anysio, que morreu em março de 2012 aos 80 anos, Nizo Neto revelou uma história curiosa ao Canal da Lisa Gomes, sobre um dos maiores ícones do humor brasileiro: O pai além de ser viciado em remédios, também teria se frustrado com a profissão.

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“Ele acordava às vezes deprimido, era uma coisa funcional, ele tinha essa depressão funcional. Ele disse que o maior arrependimento dele era ser artista. As pessoas tem essa imagem que os comediantes são engraçados 24 horas por dia e isso é uma coisa que não existe, a grande maioria não é, a grande maioria é gente séria, muitos melancólicos também e que muitos sublimam isso pro humor. Artista é tudo maluco, é uma forma que a gente tem de conseguir seguir, então você joga na arte aquele furacão de coisas que tem na tua cabeça”, revela Nizo.
Nizo também confessou que sofre com a doença e que procurou ajuda, “Eu não sou uma pessoa depressiva de ficar… tenho rompantes de mal humor, não sou uma pessoa brigona, não tenho esse perfil, mas eu sou uma pessoa muitas vezes mal humorada. Já tentei tomar remédios” – E ao contrário do filho, Chico Anysio não admitia, mas era viciado em medicamentos, “Ele tomava, meu pai sempre foi meio hipocondríaco, não assumido, ele ficava pau da vida se chamasse ele de hipocondríaco – ‘Você é um cara que paga mensalmente um farmacêutico pra ir uma vez por semana te aplicar injeção, sei lá do que é que é, isso não é hipocondria? Claro que é’ – Ele não tomava comprimido e quando tomava parecia que estava ingerindo um tijolo, um cara que prefere tomar injeção, eu nunca vi uma coisa dessas. Ele era assim, adorava cirurgia, gostava de hospital, ele tinha essa coisa, no fundo ele gostava”, diz Nizo Neto.
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