Neste dia 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data que foi criada na Assembleia Geral das Nações Unidades, em 1972, visa colocar em debate o impacto da ação dos homens no planeta, mas também busca estimular a criação de iniciativas, governamentais ou não, de preservação dos recursos naturais, a fim de promover um desenvolvimento sustentável.
Na semana de comemoração da data, diversas campanhas são realizadas em todo o mundo para atrair a atenção sobre a importância do tema. A orientação da população sobre o descarte consciente do lixo é uma delas e tem como objetivo incentivar a separação dos resíduos, conferindo a destinação correta para materiais recicláveis.
Para a professora do curso de Engenharia Ambiental da Uniderp, engenheira ambiental Marjolly Shinzato, “a reciclagem só é bem sucedida se acontecer a separação dos resíduos em casa e no trabalho, pois, esse material separado será enviado para um lugar completamente diferente daquele lugar que encaminha o lixo misturado”, afirma. “O lixo misturado é enterrado. O reciclável vai para uma usina de triagem e depois para uma indústria. Então, se eu misturar o reciclável com o lixo comum (rejeito), infelizmente meu reciclável ficará enterrado e não será transformado em novos produtos”, continua.
A especialista orienta como deve ser feita a separação: “Em casa e no trabalho devemos separar nossos resíduos diários em três partes: orgânicos, recicláveis, rejeitos”. Segundo Marjolly, a lixeira para recicláveis deve ser a maior entre as três.
Conheça os tipos de resíduos e sua destinação correta:
Resíduos orgânicos: é composto por pedaços ou sobras de alimentos crus ou cozidos. Cascas, sementes, talos, raízes, folhas, aparas de frutas, verduras e legumes, polpas, pó de café, erva de chá, cascas de ovos, sobras das refeições e alimentos estragados. Representa 50% do peso do nosso resíduo diário. É uma parte que pode ser recuperada e se transformar em adubo e biogás, inclusive em escala domiciliar.
Resíduos recicláveis: São caixas, sacolas, latas, garrafas, potes, saquinhos – feitos de plástico, vidro, papel, papelão, metal – considerados recicláveis. Também se incluem: jornais, cadernos, livros didáticos; embalagens longa vida (tetrapak); embalagens descartáveis; todos os recipientes usados para envasar alimentos secos, alimentos úmidos, bebidas, produtos de limpeza, produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos; e materiais usados para embalar roupas, objetos e produtos diversos. Representa 30% do peso do nosso resíduo diário. Esses materiais devem ser recuperados e transformados em matéria-prima para novos produtos.
Rejeitos: sem possibilidade de aproveitamento. Consideram-se itens engordurados, amassados, sujos: guardanapo, papel toalha, papel filme, papel alumínio, papel manteiga, palito de dente, espeto de churrasquinho, bucha vegetal ou sintética, palha de aço, algodão, cotonete, papel higiênico, absorventes, fralda descartável. Representa 20% do peso do nosso resíduo diário. É uma parte que deve ser encaminhada para uma forma de disposição final ambientalmente correta, como aterro sanitário.
Resíduos especiais: não são gerados todos os dias. Aqui entram os resíduos perigosos ou volumosos. Não devem ser descartados nem na coleta comum e nem na coleta seletiva. Devem ser levados para pontos de coleta, ecopontos ou campanhas de coleta, drive thru. Resíduos perigosos (medicamentos e resíduos de saúde, óleo de cozinha usado, lixo eletrônico, embalagens de venenos e defensivos agrícolas, embalagens de produtos químicos perigosos, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, restos de tintas e solventes, óleos lubrificantes e suas embalagens); Resíduos de poda (galhos, folhas, grama e aparas de jardinagem); Resíduos volumosos (sofá, geladeira, fogão, máquina de lavar, pneus); Resíduos de construção civil (tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, azulejos, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, lâmpadas de LED, tubulações, fiação elétrica etc). Uma parte dos resíduos especiais também pode ser recuperada para produzir novos produtos, outra parte deve ser encaminhada para tratamento e formas de disposição final ambientalmente correta.