Nesta quinta-feira, 8 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Visão, um evento global cujo o objetivo é chamar a atenção para o cuidado e a saúde com os olhos. Neste ano, um dos expoentes da campanha se volta à catarata, doença responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo. Ela afeta quase 30% da população brasileira. Vários fatores são responsáveis pelo aumento de probabilidade que, em grande maioria, são por condições genéticas, mas também pode ser por obesidade, diabetes, uso abusivo de álcool e cigarro.
A catarata pode ser silenciosa e se desenvolver lentamente em nossos olhos. Por isso, é muito importante prestar bastante atenção aos principais sintomas da doença, que seriam: mudanças frequentes no grau dos óculos, visão embaçada ou duplicada, aumento da sensibilidade à luz e dificuldade para dirigir (principalmente pela noite).
A catarata mais comum é a senil, causada pelo envelhecimento, pois pode se manifestar de três formas: no centro da lente (cataratas nucleares), nas extremidades da lente (catarata cortical) e na parte de trás da lente (catarata subcapsular). Além dessa, há também a catarata congênita, geralmente causada por infecções durante a gravidez. Ela nem sempre apresenta sintomas e pode surgir ou no nascimento ou no primeiro ano de vida de um bebê.
Existe também a catarata secundária que é causada por doenças, como o glaucoma e o diabetes ou até mesmo por medicamentos. Outro tipo de catarata é caracterizado como traumática que, como o próprio nome sugere, surge após uma lesão ocular; e a catarata de radiação, muito comum em pacientes que passaram por um longo tratamento por radiação ou pelo tratamento contra o câncer.
Tratamento
De acordo com Dr. Bruno Cançado Trindade, Professor de Oftamologia da Faculdade de Ciências Médicas e também médico oftalmologista do IOCT (Instituto Oftalmológico Cançado Trindade), a catarata tem tratamento exclusivamente cirúrgico. “A cirurgia está indicada nos casos em que a visão está comprometendo as atividades do dia a dia do paciente. Com isso, a cirurgia da catarata é o procedimento cirúrgico mais realizado na medicina, atrás apenas da cirurgia de parto, e isso se justifica pela sua segurança, resolutibilidade e previsibilidade”, pontua.
O médico ainda explica que para a retirada segura da catarata é necessário que ela seja aspirada por uma incisão muito pequena (2 mm). “Dessa forma, quanto menos densa for a catarata, mais fácil é essa aspiração. Por isso, é importante fazer exames de rotina anualmente. Não deixe de ir ao médico. A catarata pode ser silenciosa e a melhor forma de tratá-la com segurança é descobrindo a sua ocorrência o quanto antes”, conclui.