Noite de abertura do Fuá surpreende pela qualidade dos vídeos exibidos

Foto: Jefferson Benicio / Centro Cultural

Campo Grande (MS) – Muita torcida e animação na primeira noite da 9ª Mostra Competitiva do Festival Universitário do Audiovisual, que aconteceu no Centro Cultural José Octávio Guizzo nesta quinta-feira (19). Os produtores e diretores dos vídeos participantes aplaudiam e torciam após cada exibição.

Cleber de Souza Gutierrez, de 41 anos, é acadêmico de Publicidade e Propaganda na Uniderp e inscreveu o vídeo institucional “Não à violência”, que aborda a violência doméstica. Ele foi um dos primeiros a chegar para a noite de exibições e pela primeira vez participa do FUÁ. “Escolhi esse tema porque é um assunto que está na mídia. O vídeo é resultado de um trabalho para a disciplina de Rádio e TV. Gravei com o pessoal da Universidade, a professora Sirlene Crouve auxiliou na gravação e ensaio do off”.

Wilton Rojas, de 27 anos, concluiu o curso de Jornalista na Uniderp no início deste ano e participa pela primeira vez do Festival com o vídeo documentário “Os sonhos que movem moinho”. O vídeo é o seu trabalho de conclusão de curso e foi orientado pela professora Angélica Sigorini. “É sobre o Moinho Cultural, ONG de cunho educativo que atua em Corumbá. Eu sou egresso do Moinho como monitor de informática, amo demais o projeto, e falar do que a gente gosta, sobre onde você nasceu e sua história é recompensador e também dá visibilidade ao trabalho da instituição. As crianças entram com seus sonhos e esses sonhos que as movem. Eu fiz a maior parte das captações de imagens e edição, mas também teve imagens feitas pelas crianças e adolescentes do projeto, sob minha direção. Vou assistir o vídeo agora, e só de estar na final já superou minhas expectativas”.

Foto: Jefferson Benicio / Centro Cultural

Para Fábia Belo, uma das juradas, formada em Rádio e TV e com pós-graduação em rádio e som, participar do Fuá é uma felicidade, “esse festival em que se descobrem novos talentos, universitários que estão indo pro mercado de trabalho, acho bem bacana”.

A jurada Daiane Nardoni, Relações Públicas da Produtora de vídeo Filmadelas, lembra do Fuá desde a época em que fazia faculdade. “Nunca participei porque eu era da área de Relações Públicas, mas acho legal para poder mostrar um olhar novo. Os universitários vêm com a cabeça aberta, ideias novas, e a gente consegue até trazê-los para dentro da empresa”.

Rose Borges, presidente do Sintercom (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão, Televisão, Publicidade e Similares) também estava no corpo de jurados. “Quando fui acadêmica de Artes Visuais na UFMS participei dos primeiros Fuás, este Festival me faz lembrar da minha trajetória, acabou ficando marcado na minha vida. O Fuá é vitrine para os acadêmicos serem vistos por profissionais já consolidados. Há dez anos a produção aqui no Estado era menor, hoje é um celeiro de talentos”.

Foto: Jefferson Benicio / Centro Cultural

A artista visual Marilena Grolli, uma das juradas, disse estar surpresa com o nível dos vídeos inscritos. “Costumo participar de festivais em São Paulo e os vídeos daqui têm nível profissional, souberam passar a mensagem simples e direta, com qualidade profissional. Achei bacana a questão estética, foi mais para o lado de vídeoarte. O Festival é um incentivo maravilhoso para essa galera abrilhantar o Estado na área do audiovisual”. Marilena é jurada do Fuá pela segunda vez e no Festival de 2010 confeccionou o troféu “Capenguinha” para os vídeos vencedores.

Lidiane Lima, coordenadora do núcleo de audiovisual da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, disse que o Fuá revela talentos. “O Festival acompanha os primeiros passos dos produtores audiovisuais, é um passaporte para a participação em outros editais. Agradeço muito a todos por acreditarem no Fuá”.

Participam da Mostra as 38 obras selecionadas pela Fundação de Cultura. A seleção foi realizada por uma Comissão da Fundação de Cultura que avaliou 130 trabalhos de todo o país inscritos para a premiação. Neste ano o Festival distribuirá R$ 5 mil, R$ 1.600 e R$ 700 para os três primeiros colocados em cada uma das oito categorias em disputa.

Hoje continuam as exibições a partir das 19 horas no Centro Cultural José Octávio Guizzo, que fica na Rua 26 de Agosto, 453 – Centro. O evento é aberto ao público e a entrada é franca. A premiação dos vencedores será no dia 4 de novembro.

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