A Nissan quer fincar os dois pés nas oportunidades que surgirão com a ampliação do mercado global de carros elétricos nos próximos anos, inclusive no Brasil. Durante o Salão de Tóquio, Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil, afirmou que vender o Leaf no país está nos planos da marca, embora ainda não exista uma data definida. “Vamos trazer para o Brasil, e será antes do próximo facelift do modelo”, afimou o executivo em entrevista.
A antiga geração do elétrico até chegou a rodar no pais, em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, em um projeto-piloto em parceria com as prefeituras, os taxistas e AES Eletropaulo, mas o modelo nunca chegou a ser comercializado. A intenção da Nissan agora é outra. “A ideia é voltar com o Leaf como um modelo economicamente viável que será oferecido para os consumidores de forma diferente do que foi a primeira experiência. As pessoas vão comprar o carro sabendo que após quatro ou cinco anos, quando chegar a hora de trocar, encontrarão outro para comprar”, disse Silva.
Tudo indica que o Leaf poderá chegar ao consumidor brasileiro em 2019, prazo que pode até ser encurtado. Mas tudo vai depender do novo regime automotivo, o Rota 2030, que está em discussão e deve sair do papel só no ínicio de 2018. A aliança Renault-Nissan, assim como a Toyota, esperam que o programa contemple alguma determinação que ajude a estimular a ampliação do mercado de carros híbridos e elétricos no país.
Novo Leaf
O Leaf é atualmente o carro elétrico mais vendido do mundo. A segunda geração do modelo acaba de ser apresentada e até ganhou uma versão esportiva conceitual no Salão de Tóquio.
Além de ganhar um visual mais interessante, o novo Leaf ganhou tecnologias inovadoras como o ProPILOT, um sistema piloto automático adaptativo, capaz de controlar automaticamente a velocidade e distância do carro em relação ao veículo da frente, usando uma velocidade predefinida pelo motorista até os 100 km/ h.
O modelo também conta com o e-Pedal, que concentra os comandos de aceleração e freio em um só pedal, aumentando assim a regeneração da bateria. Já o E-Power é um pequeno motor a combustão que alimenta a bateria eliminando o problema da autonomia do elétrico.