O Arroubo âmago do Cedro!

A história de um país que remete-nos a antiguidade histórica e reverbera a história de um povo que carrega em sua bagagem a marca das lutas, das dificuldades, e mas também não tão menos importante muitas conquistas, alegrias e glórias. Foi cultuando os valores que consagram a liberdade e o amor ao próximo que adquiriram sua identidade política, consolidando uma realidade que já se projetara na história. Criou o alfabeto fonético, o Alfabeto de Biblos, com 22 letras, e propagou-o pelo mundo. Também Biblos é a cidade mais antiga do mundo a editar a Bíblia.

Praça Palestina em Corumbá (MS) – Foto: Divulgação

Já no século II depois de Cristo, Beirute era chamada de a Mãe das Leis, porque já possuía sua Escola de Direito, que teve um papel preponderante no Código de Justiniano. Nessa Constituição, Papiniano, ensinou que a igualdade de todos é a liberdade de cada um. Regra que se fosse seguida à risca, facilitaria enormemente nossas relações interpessoais

Seguindo a história, quando o império otomano ruiu, a França e a Reino Unido disputaram o território entre si. Depois de alguns desentendimentos, chegaram a um acordo em 1916: a Síria e o Líbano ficariam com a França, e o Egito, a Jordânia e o Iraque, com os britânicos. Com fulcro no lema “dividir para governar”, a França tratou de separar administrativamente o Líbano da Síria, formando dois Estados.

O País dos Cedros; é ponto de equilíbrio e encruzilhada da cultura ocidental com várias culturas orientais de países de língua árabe, de assimilador de raças e de harmonizador de credos religiosos. É mister ressaltar que a imigração libanesa para o Brasil começou há mais de 140 anos, quando no porto de Santos desembarcaram as primeiras famílias. Aliás, para se ter uma ideia a cidade de Lucy, é uma cidade libanesa onde mais se fala português do que árabe.

Façanha e Fares em Corumbá (MS) – Foto: Divulgação

Longe dos conflitos religiosos e das diferenças socioculturais, eu cito o Líbano pelos recentes e trágicos acontecimentos, referindo-me a comunidade árabe, tangenciando, os habitantes do vasto território antigamente conhecido por Síria ou Grande Síria, mesmo admitindo que seus habitantes não pertençam necessariamente à etnia árabe. De forma análoga, poderemos denominar essa mesma região, onde atualmente se situam a Síria, o Líbano, o Iraque, a Jordânia, a Palestina (Cisjordânia, a Faixa de Gaza e parte de Jerusalém) e Israel, de territórios árabes ocupados (pelos turcos otomanos) ou países árabes, excluindo os demais países do Oriente Médio e do Norte da África frequentemente denominados de ‘países árabes’ por causa da língua predominantemente falada na região.

Urge inferir, que a integração do imigrante não se limitou à sua adaptação aos costumes e ao estabelecimento de laços familiares. O Brasil devolveu a oportunidade de poderem sonhar novamente. E essa essência não pode ser mudada. Se continuarmos nesse norte, fatalmente teremos uma nação mais unida, depois desse Coronavírus e essa união, essa vontade de ser livre e solidário, é que faz do nosso país um celeiro para a humanidade.

 

*Articulista

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