A bicampeã paralímpica Mariana D’andrea é um exemplo de superação, mostrando como o incentivo dos professores de educação física podem transformar vidas. Mariana é uma das inúmeras paratletas encontradas pelo olhar cuidadoso de um profissional capacitado em halterofilismo, que conhecem as técnicas oferecidas pelo Programa de Desenvolvimento Paralímpico, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo.
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Mariana D’andrea participou de etapa do Programa de Desenvolvimento Paralímpico, que oferece capacitação de graça no paradesporto – Foto: Divulgação
Nascida no município de Itu, a 102,7 km da capital paulista, Mariana não havia se encontrado no esporte até que, há 9 anos, andando pela rua, seu técnico, Valdecir Lopes, a convidou para conhecer o halterofilismo. “Eu fiquei um pouco assustada, mas com o incentivo dele e da minha mãe, decidi ir conhecer. Não gostei a princípio, mas o Valdecir não parou de me incentivar e me levou para uma competição, onde conheci o mundo das pessoas com deficiência”, recorda a bicampeã, que integra o Time SP, iniciativa da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A partir daquele momento, Mariana conheceu profissionais dedicados, que não apenas a treinavam, mas também acreditavam em seu potencial.
Os professores de educação física capacitados em modalidades de paradesporto foram fundamentais na vida de Mariana. Com seu conhecimento técnico e incentivo constante de Valdecir Lopes, a ajudou a superar barreiras e se apaixonar pelo halterofilismo. “O esporte mudou totalmente a minha vida. Hoje, eu sou outra pessoa. Tenho tudo e consigo me dedicar 100% a prática”, conta. Essa relação de confiança e apoio foi essencial para que Mariana pudesse se dedicar aos treinos e se preparar para as competições, como as Olimpíadas de Tóquio (2020) e a de Paris (2024), no qual conquistou ouro.
O sucesso de Mariana, aliado ao olhar técnico e capacitado de Valdecir, está em sintonia com as metodologias aplicadas no Programa de Desenvolvimento Paralímpico, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual de Esportes e da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que visa capacitar profissionais de educação física em modalidades paralímpicas. “O halterofilismo, dentro do contexto paralímpico, exige uma combinação de técnica, força e dedicação. Nosso trabalho é moldar os atletas, não apenas fisicamente, mas também mentalmente, para que alcancem seu máximo potencial”, afirma Danilo Lara, professor de halterofilismo no Programa e no Centro de Referência de Halterofilismo em Itu.
O halterofilismo é uma das modalidades que tem se destacado como um dos pilares do Programa, proporcionando aos professores conhecimentos que levam os atletas paralímpicos a terem oportunidades reais de evolução e visibilidade. “Tenho certeza de que quem conhecer o esporte paralímpico, a vida vai mudar completamente. Todos deveriam conhecer o programa”, ressalta Maiara.
A trajetória de Mariana culminou em conquistas memoráveis nas Paralimpíadas. Com dedicação e perseverança, ela acumulou medalhas que simbolizam não apenas seu esforço pessoal, mas também a importância do trabalho de um técnico capacitado na modalidade. Cada medalha é um testemunho do quanto o incentivo dos professores habilitados podem impactar a vida de um atleta.
Programa de Desenvolvimento Paralímpico
O Programa de Desenvolvimento Paralímpico, lançado em 2021, já capacitou 11 mil profissionais de educação física, em mais de 100 etapas. Com um desempenho notável no ano passado, onde 4 mil profissionais foram capacitados, passando por 36 cidades.
A iniciativa oferece capacitação em oito modalidades paralímpicas: halterofilismo, atletismo, futebol de cegos, goalball, basquete em cadeiras de rodas, natação, tênis de mesa e voleibol sentado. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio do link.
Próximas etapas:
Caraguatatuba: de 11 a 14/3
Capital (Zona Leste): de 18 a 21/3
Itapecerica: de 25 a 28/03
Pindamonhangaba: de 6 a 9/5