Por anos, muitos setores se mantiveram seguindo um mesmo modelo padronizado, como é o caso do mercado de colchões. A forma de “vender bons sonhos” tinha um formato previsível: espaços majoritariamente brancos e consultores vestidos de jaleco. Apesar desta ser uma tentativa válida de atribuir credibilidade científica ao produto, mudanças no comportamento de consumo fizeram com que isso se perdesse no tempo.
A aquisição de um colchão ou de qualquer outro item relacionado ao sono é vista hoje diferente de como era há alguns anos. Atualmente, há uma forte tendência de priorização pelo bem-estar por parte do consumidor. Não à toa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população mundial tem alguma dificuldade para dormir, reflexo de rotinas mais corridas, estresse, ansiedade e diversos outros fatores sociais e emocionais.
Diante desse cenário, a indústria do sono passou por uma transformação nos últimos anos. É notória a grande oferta de produtos, que unem tecnologia, inovação e saúde para solucionar um problema mundial. Para se ter uma ideia, o mercado movimentou, globalmente, mais de R$ 360 bilhões em 2019, segundo pesquisa da consultoria MarketData Forecast.
Hoje, cada vez mais a população busca por serviços e produtos personalizados, os quais levam em consideração a característica do sono de cada um. Isso tem contribuído para uma reformulação no que diz respeito também a experiência de consumo. Agora é possível fazer uma análise completa do perfil de cada um dos clientes, indicar produtos que fazem mais sentido para as suas necessidades e garantir uma entrega mais eficiente.
Com essa revolução no mercado, a expectativa é que ainda tenha potencial para causar impactos inimagináveis para o bem-estar da população. E o cenário é positivo para apostar nisso, uma vez que o setor deve crescer mais de 6% ao ano até 2024, e movimentar mais US$ 100 bilhões de dólares até lá, ainda segundo a MarketData Forecast.
Sobre Rafael Moura
*Rafael Moura é fundador e CEO da I wanna sleep, Retail Tech focada em sono e relaxamento. Fundada em 2014 e com entrada no mercado de franquias em 2017, a rede conta com 14 unidades nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Formado em engenharia agrônoma e de produção, abriu mão de trabalhar na empresa familiar no setor agrícola para empreender. Antes da I wanna sleep, já esteve à frente de três empresas de internet e computação. Moura também foi selecionado dentre 600 empreendedores pela Endeavor para o programa Scale Up BRMalls Partners.