O objetivo deste texto é evidenciar a importância da informação contábil a partir de seu instrumento inicial: o balancete contábil.
O “iceberg”, utilizado como referência, demonstra, em sua parte submersa, o mundo, muitas vezes invisível, da quantidade de esforço e sinergia existentes para que um balancete seja concebido.
É notório que a utilização do Planejamento dos Recursos da Empresa (ERP, na sigla em inglês), juntamente com a transformação digital, vem otimizando o processo de geração das informações, contudo, a presença de profissionais capazes de analisar e trabalhar tudo isso é fundamental.
Já a parte visível do iceberg, do nível do mar até o seu pico, demonstra todos os relatórios que podem ser produzidos a partir deste balancete e utilizados para análise e tomada de decisão.
Em suma, as demonstrações financeiras, as análises estruturadas de balanço e o mapeamento de possíveis riscos, tem como origem o balancete contábil. E digo mais: o ponto de partida para um bom planejamento financeiro e determinação da capacidade de geração de riqueza de uma empresa, acreditem, também parte dele.
Fica clara, então, a necessidade de cuidado e zelo para que o balancete seja um instrumento fidedigno e sempre em linha com as normas e legislações em vigor.
Por isso, considero vital para um bom acompanhamento do negócio a garantia de que o balancete contábil esteja correto e que eventuais saldos que geram incerteza sejam mapeados e regularizados. Conscientizar a todos de que o balancete não é da contabilidade e sim da empresa também é de extrema importância.
Dentre outros aspectos que contribuem para a assistência ao negócio, estão conhecer e criar sinergia com os departamentos e a operação, pois isso ajuda a entender e a interpretar o balancete, e nunca falar uma língua que só você entenda. A numerologia deve ser interpretada de forma que todos possam compreender.
Para finalizar, apenas uma última certeza: aquele power point pode ser lindo e pirotécnico e os gráficos podem estar muito bem formatados, mas, se o balancete contábil estiver errado ou apresentar qualquer exposição, a decisão a ser tomada estará seriamente comprometida.
*Marcus Santos é especialista em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria, contador e CEO da CG Consultoria.