O verão está chegando e é possível aproveitá-lo mesmo longe das praias. Com o calor e dias de sol, o número de pessoas em atividades ao ar livre tende a aumentar. Mas engana-se quem pensa que não são necessários os mesmos cuidados de quem preferiu as praias. O protetor solar continua sendo o principal aliado em qualquer cidade ou estação do ano.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) reuniu algumas orientações simples que podem reduzir os riscos de desenvolver o câncer de pele ao longo da vida.
Cuidado deve ser levado a sério mesmo em dias nublados
Tomar sol é um hábito saudável, mas a exposição acumulada a raios ultravioletas (UV) é um fator de risco para o câncer de pele, que pode ser carcinoma ou melanoma, este mais agressivo e com alta taxa de mortalidade. Para evitar os prejuízos causados pelos raios UV sobre a pele, a SBOC recomenda o uso de protetor solar de fator 30 ou mais em toda exposição ao ar livre. O uso deve ser mais frequente se a exposição acontecer entre 10 h e 16 h e se a pessoa tiver pele mais clara.
“Nuvens não protegem da radiação, o que vai garantir a proteção é o uso de protetor solar. Para quem pratica atividades ou esportes ao ar livre, bonés e camisetas com proteção ultravioleta também são aliados por conta da praticidade”, reforça o Dr. Rodrigo Munhoz, diretor da SBOC.
A proteção precisa ser incluída na rotina diária
É verdade que os riscos dos raios solares aumentam durante o verão, mas o cuidado vale para o ano todo. “Os níveis de radiação ultravioleta em São Paulo, no inverno, são quase tão altos quanto os de Paris no verão”, compara Munhoz. Por isso, é importante incluir na rotina o uso de protetor solar em partes expostas no dia a dia e não esquecer de partes normalmente negligenciadas como mãos, nuca, orelhas e nariz.
Observar também é prevenir
Além da proteção diária a raios UV e UVA, fique atento às pintas no corpo, pois elas podem indicar que algo está errado. Profissionais em contato direto com a pele das pessoas, como depiladoras, tatuadores, massagistas, manicures, entre outros, podem ajudar no diagnóstico precoce. “É preciso ficar atento ao surgimento de novas manchas na pele ou a alterações em manchas já existentes, como modificações de cor, tamanho ou assimetria. Se isso acontecer, é recomendável procurar um dermatologista para que se faça o diagnóstico correto e encaminhe o paciente a um oncologista, se necessário“, reforça Dr. Munhoz.