Obituário: os 8 carros que nos deixaram em 2018

Eis os automóveis que pararam de ser vendidos neste ano no Brasil. Quem será que vai sentir a falta deles?

Hyundai Tucson (Foto: Divulgação)

Hyundai Tucson (Foto: Divulgação)

Oito carros pararam de ser vendidos este ano no Brasil. São eles: Hyundai Tucson, Chery Celer Hatch e Sedã e os hatches J2 e J3, os sedãs J3 Turin e J5 e a minivan J6. Veja o nosso obituário e decida: vão deixar saudades ou antes tarde do que nunca?

Hyundai Tucson

Você já deve ter se perguntado: por que a Hyundai manteve o Tucson no mercado mesmo depois do lançamento do New Tucson? A resposta é custo-benefício. Levar um médio por preço de um carro pequeno parece ser sempre uma boa ideia. Mas não tem jeito: o Tucson está desatualizado em vários quesitos: espaço, segurança, itens de série…

Quando o assunto é espaço interno, a Hyundai divulga otimistas 528 litros de volume, porém, na medição chegamos a somente 336 litros. Da mesma maneira, a lista de itens de série também entrega a idade do Tucson. Não há controle eletrônico de estabilidade e de tração. Para compensar um pouco, há ar-condicionado digital, revestimentos de couro e central multimídia com GPS e câmera de ré. Mas esses itens parecem ter sido encontrados em lojas de acessórios. Até a direção é da época em que a assistência hidráulica era o máximo em termos de luxo.

O motor 2.0 flex 146/142 cv e 19,6/19 kgfm de torque a 4.500 rpm sofre para empurrar os 1.550 kg do Tucson. O câmbio automático de quatro marchas é lento. Independentemente do combustível, o consumo também decepciona. De acordo com testes realizados, são 5,1 km/l na cidade e 7,3 km/l na estrada com etanol.

Chery Celer (Foto: Divulgação)

Chery Celer (Foto: Divulgação)

Chery Celer Hatch e Sedã

No final do ano passado, metade da operação da Chery do Brasil foi comprada pelo grupo Caoa. Uma das estratégias para bater a meta de conquistar 5% do mercado local nos próximos quatro anos (até 2022) foi aposentar Celer hatch e sedã em abril desde ano.

Vendido no Brasil desde 2013, o Chery Celer virou nacional em abril de 2015, quando ganhou motor flex, um quatro cilindros que rende 113 cv e 15,5 kgfm. Os modelos foram os primeiros carros a serem feitos na fábrica da montadora, em Jacareí (SP).

Apesar de demonstrar boa disposição nas saídas e em subidas, o Celer parece não conseguir oferecer todo o rendimento extraído do motor conforme ganha velocidade. Esse mau aproveitamento pode ser em parte explicado pelo câmbio manual de cinco marchas pouco preciso e com relações muito longas.

Os pontos fortes? Espaço interno e custo-benefício. O banco traseiro acomoda bem três passageiros e o porta-malas também é honesto. Além disso, são de série itens como direção hidráulica, trio elétrico, sistema de som com entrada USB (sem entrada para CD) com 2 alto-falantes, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro.

JAC J3 Turin S flex (Foto: Divulgação)

JAC J3 Turin S flex (Foto: Divulgação)

JAC: J2, J3, J3 Turin, J5 e J6

Desde o começo deste ano, vários modelos da JAC deixaram de ser vendidos no Brasil. Os carros que lançaram a marca no país deram lugar a SUVs e, futuramente, uma picape média. O motivo da reformulação? Tentar ressuscitar a operação no Brasil. Com o péssimo desempenho nas vendas, a chinesa decidiu tirar das lojas quase toda a gama atual de veículos.

O J2 era um subcompacto bem equipado, com itens como ar, direção com assistência elétrica, faróis de neblina, sensor de ré, entre outros. O grande ponto negativo? Um porta-malas de 121 litros. O motor era um 1.4, que atingia 187 km/h e acelerava de 0 a 100 km/h em 9,8 segundos.

Como todo bom chinês, o J3 também é conhecido por sua vasta lista de equipamentos. O motor é o 1.4 de até 108 cv. Os modelos, tanto o hatch quanto o sedã, tinham desvalorização alta e acabamento simples. O J3 ganhou motorização flex em 2014.

Outros dois carros da marca nos deixaram: a perua de sete lugares J6, com motor 2.0 flex, e o sedã J5, com motor 1.5 de até 125 cv, que rivalizava com Honda Civic e Toyota Corolla.

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