Ondas de aparelho celular não causam câncer, conclui OMS

No entanto, estudo liga uso frequente a doenças cardíacas

Está confirmado: as ondas eletromagnéticas do celular e de qualquer outro aparelho de consumo diário não causam câncer.

Pesquisa atualizou estudos sobre relação entre uso de celular e surgimento de tumores

Pesquisa atualizou estudos sobre relação entre uso de celular e surgimento de tumores (Crédito: Pexels/Pixabay)

Por outro lado, o uso regular do telefone móvel pode estar associado ao risco de doenças cardiovasculares.

A comprovação é da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS), que fez uma análise com base em 63 estudos publicados entre 1994 e 2022 que mostravam uma possível ligação entre tumores no cérebro e o uso contínuo do celular.

A pesquisa da Iarc é a mais completa até o momento.

“Concluímos que as provas não mostram nenhuma relação entre telefones celulares e câncer no cérebro ou outros tumores na cabeça e no pescoço”, afirmou o autor principal do estudo, o professor associado Ken Karipidis, vice-presidente da Comissão Internacional de Proteção contra a Radiação Não Ionizante.

Ao mesmo tempo, um novo estudo canadense indica que usar muito o celular pode levar a doenças cardiovasculares, principalmente em fumantes e diabéticos, mas também em pessoas com insônia e com transtornos psicológicos.

Durante 12 anos, os cientistas analisaram 444.027 pacientes do Biobank do Reino Unido que relataram utilizar celular com frequência. Os resultados mostram uma “associação significativa” entre o uso frequente de smartphones e doenças como acidente vascular cerebral, isquemia e insuficiência cardíaca, especialmente em diabéticos e fumantes.

Os mecanismos da associação podem passar por algumas condições mais frequentes nessas pessoas, como ciclo circadiano deficiente e sofrimento mental, que podem levar a distúrbios hormonais ou metabólicos.

“Ainda é preciso aprofundar as investigações antes que essa associação se torne uma preocupação”, esclareceu o coautor da pesquisa Nicholas Grubic, da Universidade de Toronto. No entanto, o estudioso sugeriu: “Ao invés de passar muito tempo rolando a tela do smartphone, o ideal seria dedicar este período a uma atividade benéfica ao coração”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo